Esses últimos dias, com todos os acontecimentos que tive que enfrentar uma paz de repente me tocou.
E isso aconteceu exatamente quando fiz as pazes com o momento presente e comigo mesmo.
Percebi que "esse momento - o AGORA" é o campo em que o jogo da vida acontece e não há nenhum outro lugar que ele possa existir.
Uma vez que me reconciliei comigo e com o momento presente, comecei a observar o que ocorre e aqui no blog tentei relatar com esses videos, mostrar o que pudi fazer ou o que escolhi fazer e o que a vida faz por nosso intermédio quando estamos unificados com ela.
Quando formei um TODO com ELA, formei um TODO com o AGORA. Nesse instante, compreendi que não vivemos a vida, é a vida que nos vive.
E me lembrei de uma frase que faz todo o sentido: " A vida é a dançarina e nós, a dança".
O texto abaixo foi escrito pela minha amiga Juliana Kurokawa, um texto que falou com a minha alma.
O grande banquete chamado vida
Muito ouvimos falar de livre arbítrio, do nosso poder de criação e sobre construirmos nosso próprio destino, mas será que esses temas estão realmente ligados? Eu diria que a combinação
dos dois primeiros resulta no terceiro. Ou seja, nossas escolhas combinadas à nossa
capacidade criadora criam nossa realidade. Parece óbvio não é mesmo? Mas por que
insistimos tanto em nos colocar na posição de espectador diante de nossa própria vida?
Todos os dias, em todos os momentos de nossas vidas, fazemos nossas escolhas, mesmo
quando não nos damos conta delas. Todas as possibilidades são uma realidade possível e,
quando nos decidimos por uma, nossa escolha se materializa e transforma em realidade o que
antes era apenas uma possibilidade. E a realidade que se seguiu de uma escolha feita
anteriormente abre outro leque de possibilidades. E isso acontece a todo o momento, mesmo
que não estejamos conscientes disso.
Por exemplo, quando nos levantamos de manhã, temos algumas possibilidades. Podemos nos
espreguiçar antes de nos levantar, o que fará com que nosso corpo esteja mais relaxado
durante o resto do dia. Podemos ainda reservar alguns segundos para abrirmos a janela,
observarmos o céu e agradecer pela vida que nos foi dada e a oportunidade que temos de
fazermos escolhas que nos tornarão mais ou menos felizes. E isso certamente influenciará no
dia que viveremos. O simples fato de termos acordado naquele minuto nos abre a
possibilidade de cruzar com determinadas pessoas no nosso caminho para o trabalho também.
E, desses encontros “casuais”, podem surgir conversas que nos trarão reflexões que podem
mudar nossa conduta e visão do mundo.
Se olharmos para trás com a devida atenção, perceberemos que o ponto em que nos
encontramos agora é resultado de todas as escolhas e emaranhamentos advindos destas. E
isso acontece a cada escolha nossa. É como quando tecemos um tecido, onde sua formação
depende de como tecemos cada um de seus fios e o resultado é o emaranhamento de todos
os fios, de todas as possibilidades. E o tecido será mais rígido ou mais macio em determinadas
partes e o seu colorido dependerá das linhas que escolhermos para tecê-lo.
É como se a vida fosse uma grande mesa em um maravilhoso banquete, com todas as
variedades possíveis de comidas e bebidas, para todos os gostos. Todos os dias, recebemos um
prato e um copo e nos vemos diante dessa mesa. Através de nossas escolhas, pegamos tudo
aquilo que pretendemos comer e beber. Se tudo o que ingerimos interfere no bom ou mau
funcionamento do nosso corpo, é claro que as nossas escolhas irão interferir no tipo de vida e
corpo que teremos a partir do momento em que a comida entra em nossas células. Quantas
vezes comemos algo que sabemos não ser bom para a saúde, mas comemos para satisfazer
uma vontade momentânea e nos arrependemos em seguida? É possível que comer algo não
muito saudável uma única vez não cause tantos danos, mas e criar hábitos alimentares
destrutivos? Como estaria nosso corpo se comêssemos apenas um tipo de alimento, por mais
saudável que esse fosse? Haveria alguma razão para o nosso corpo precisar de tantos tipos
diferentes de vitaminas? E como funciona com a nossa vida? Precisamos de somente um tipo
de conhecimento? Tudo em nossas vidas – pessoas, lugares, coisas, acontecimentos, doenças – são reflexos de
nossas vibrações e escolhas pessoais. E tudo tem a frequência de quem nós somos. Portanto,
quando nos deparamos diante da pergunta sobre quem somos, basta olharmos a nossa volta
que o universo; ou seja, a manifestação da realidade que nós mesmos criamos, sempre nos dá
a resposta. O problema está nas nossas partes ocultas, reprimidas, que não gostamos, mas que
também se manifestam em nós. É por causa destas partes que negamos sermos os criadores
de nossa própria realidade, pois não queremos ser os responsáveis por criar algo que nos
desagrada. E essas coisas continuam acontecendo em uma espiral de infelicidade que algumas
pessoas chamam de carma. A verdadeira insanidade consiste em repetirmos as mesmas ações
e esperarmos resultados diferentes para cada uma delas.
Mas, se nós criamos nossa realidade, como fazer para que ela seja diferente? Como fazer para
sermos construtores ativos e conscientes de nossos destinos?
Em primeiro lugar, é necessário que nos reconheçamos como tais. Devemos nos reconhecer
como autores de nossa própria história. Que tal se começássemos todos os dias com o
pensamento de que podemos criar uma realidade diferente da que vivemos? E se nos
colocássemos o simples propósito de que o dia de hoje, ou seja, o novo leque de possibilidades
que se abre a nossa frente, seja melhor do que ontem? Além disso, devemos sair da posição de
vítima, pois, quando nos colocamos nessa posição, abdicamos do nosso direito de criar a
realidade. Isso requer certo esforço, pois envolve desapegar do mito que criamos de que a vida
é injusta e de que a culpa do que nos acontece não é nossa. Precisamos olhar para dentro,
onde veremos nossa própria criação e assumir a responsabilidade pela nossa própria vida.
Vivemos a vida que escolhemos, a vida que acreditamos poder viver e nada nem ninguém é
responsável por isso além de nós mesmos.
Depois, precisamos questionar todo o nosso sistema de crenças. Nossas crenças nos limitam,
pois, quando cremos em algo, deixamos de confiar em nossa própria experiência. Se cremos,
por exemplo, que nunca seremos capazes de aprender a tocar um instrumento musical, não
haverá professor no mundo que possa nos ensinar tal arte, pois nos convencemos, a cada
tentativa, de que não somos capazes. Portanto, se nos fizeram crer que somos meros
pecadores e merecedores de dor e desgraça, como poderemos criar nossa própria felicidade?
Não estaríamos construindo e escolhendo viver em nossa própria prisão? É necessário que
revisemos todas as crenças que possuímos e também eliminar todas as aquelas que não
condizem com a verdade. E como saberemos se nossas crenças condizem com a verdade? Nos
tornando cientistas de nossa própria vida; experimentando e desafiando cada uma delas, até
que consigamos criar nossa própria experiência a respeito de nossos limites.
Os conhecimentos novos são a chave que destrava os velhos sistemas de crenças e abre a
porta para realidades cada vez maiores. Mas como podemos adquirir novos conhecimentos, se
acreditamos conhecer e saber tudo o que existe? Como podemos experimentar um prato
realmente novo e diferente se nosso prato está cheio da comida que comemos todos os dias e
nos recusamos a inovar nosso cardápio diário? O conhecimento é o maior motivador e é nele
que se esconde nosso potencial criador. Devemos expandir nossas fronteiras para não nos
sentirmos confinados e infelizes. É preciso possuir conhecimentos que permitam sonhar
grandes sonhos. Só conseguiremos transformar um dia comum em um dia extraordinário se tivermos conhecimento para pensar sobre o extraordinário. É necessário termos vontade de
ultrapassar a própria zona de conforto e querermos ser diferentes do comum.
Porém, para ampliar nosso conhecimento precisamos partir do princípio de que o que não
sabemos ultrapassa em muito aquilo que sabemos. Se sempre julgamos conhecer a resposta,
como estaremos abertos a crescer? E, se não ampliamos nosso conhecimento, continuamos a
criar a mesma realidade. E, para acessarmos grandes conhecimentos, é necessário que
façamos grandes perguntas. E talvez nunca achemos uma resposta satisfatória para elas, mas o
fato de se questionar a respeito de grandes questões abre a porta para que acessemos
grandes conhecimentos. As grandes perguntas são as pontes que nos levam ao desconhecido e
nos abrem a possibilidade de uma realidade maior. Chegar ao outro lado da ponte é mudar de
fato.
E, o mais importante de tudo, é olharmos para dentro. Se nunca olharmos para dentro não
descobriremos a verdade sobre quem realmente somos e do que somos capazes. A verdadeira
felicidade está dentro de nós mesmos. Cada um de nós decide no que vamos prestar atenção,
no que vamos focalizar, no que vamos deixar entrar. Quando jogamos a responsabilidade de
nossa vida sobre fatores externos, automaticamente diminuímos nossa capacidade interna. Se
olharmos para dentro e reconhecermos nosso poder criador e assumirmos, de fato, a
responsabilidade sobre nossa felicidade e, acima de tudo, sobre nossa infelicidade,
caminharemos com outros olhos e perspectivas, pois sabemos que carregamos conosco todas
as ferramentas necessárias para fazer a mágica da criação. Somos todos mágicos capazes de
transformar nossa realidade.
Quais são os limites, se houver, de nosso poder de criação? Só descobriremos a resposta para
essa pergunta se tentarmos criar e experimentar nossa própria realidade. Quando nos
libertamos das premissas sobre nós mesmos, crescemos mais do que imaginamos ser possível.
O limite de nossas vidas é o prato que carregamos e tudo o que escolhemos colocar dentro
dele e, mais importante, ingerir, dentre as tantas opções que o banquete da vida nos dá. E
quem disse que não podemos trocar nosso prato por um maior? E quem nos impede de
esvazia-lo para encher novamente apenas com alimentos novos e desconhecidos? Já que o
prato é nosso, o corpo é nosso e somos nós quem pagamos a conta do que nos acontecerá
assim que ingerirmos tudo o que escolhemos comer, que tal se começássemos a fazer escolhas
mais conscientes? Se encararmos cada dia da nossa existência como um banquete onde
podemos escolher o que vamos comer, seremos capazes de criar realidades mais felizes e
dignas do nosso poder criador. E você? Já fez as suas escolhas que irão compor o seu prato de
hoje?
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