quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Amor x Sexo



“Nós perdemos tempo procurando o amor perfeito, em vez de criar o amor perfeito.” Tom Robbins
Uma das lacunas mais significativas entre o homem e a mulher, quando se trata de amor e sexo, é o senso comum de que a energia masculina só se abre para o amor através da conexão sexual, e que a feminina tende a precisar de amor para acender sua sexualidade.
Lembro-me bem de uma conversa que tive com outra mãe num playground anos atrás, quando estava recomendando a ela não segurar sua resposta sexual até que ela estivesse satisfeita com a atenção amorosa que ela recebe de seu companheiro. Ela olhou para mim chocada e disse: “Por que você está do lado dele?”
Para mim não era sobre os lados, mas sim sobre o reconhecimento de que quanto mais livremente eu amava meu parceiro sexualmente, mais amoroso ele se tornava.
É um enigma de “ovo ou a galinha”, que é interessante e por vezes perturbador, e que impacta a maioria dos relacionamentos e não tem ligação direta à orientação sexual, tendo em vista que muitos casais homossexuais caem na mesma armadilha.
Esta questão de como e quando oferecemos nosso eu erótico em nome do amor é complicada por necessidades sexuais muitas vezes incompreendidas e não declaradas, bem como pelos comuns ciclos conflitantes de desejo.
Para alguns, o ato de escolher avançar para o desejo parece uma obrigação, mas todos, como um casal, sofrem as cicatrizes emocionais de repetidas recusas sexuais. O que estamos dispostos a dar de nós mesmos sexualmente é talvez uma das formas mais profundas sobre como nosso comportamento fala de amor, ou não. Gestos simples são facilmente mal interpretados, tendo camadas de significado, porque ser acolhido ou rejeitado sexualmente nos define de formas, que muitas vezes não reconhecemos e não somos capazes de nomear.
Como sabemos se desistir da nossa resistência ao sexo é um ato profundamente amoroso ou um ato de auto-traição?
Embora pareçam coisas que deveriam estar a milhões de anos à parte, não é incomum se sentir confuso quanto às motivações e às intenções quando se trata de nosso eu erótico. Essa confusão pode facilmente se parecer com ressentimento em vez de amor e tem muito a ver com as associações dolorosas que temos sobre a nossa sexualidade.
Eu ouvi duas histórias essa semana, uma de um homem cuja mulher não havia tido relação sexual com ele por meses, e outra de um homem cuja parceira era livremente sexual com ele, mas também queria liberdade para ter relações com outros parceiros.
Ironicamente, esses homens têm mais em comum do que você imagina à primeira vista, quando analisamos sobre o que abrimos mão e desistimos para sermos amados, e que é importante para nós mesmos sexualmente,.
Este é um bom lugar para começar a entender essa dança magnética entre amor e sexo.
Ouça profundamente ao que seu coração lhe diz sobre isso:

Independentemente da relação sexual que acontece ou não acontece, você sente que seu relacionamento é forte o suficiente para manter amorosamente os desejos e necessidades de ambos?
O prazer de uma pessoa compromete o auto-respeito ou perpetuamente domina os sentimentos da outra?
Você é capaz de abrir seu eu erótico com um senso de curiosidade sobre o seu próprio desejo ou é apenas compelido por um senso de dever e sentimentos de culpa?
Descobrir e explorar os nossos “eus” sexuais com alguém que amamos é uma viagem de uma vida — e o primeiro passo se dá ao se questionar verdadeiramente.
Fonte: Elephant Journal

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