Oi gente,
Primeiramente quero junto com vocês celebrar o início da PRIMAVERA!!!
O vídeo de hoje fala um pouquinho sobre O Sagrado Feminino e a Inquisição.
Beijo no coração Namastê
A Inquisição - O
Período das Trevas
Durante os milênios seguintes ao surgimento da civilização
humana, cada povo desenvolveu suas próprias religiões, algumas pagãs
politeístas, outras monoteístas.
A Inquisição foi um tribunal da igreja Cristã instituído no
século XIII para perseguir, julgar e punir os acusados de heresia, que além de
exercer controle social via poder coercitivo, garantia aquisição de riquezas
financeiras à Igreja. Ela foi instaurada pelo Papa Gregório IX (1148-1241) em
1231.
Eram considerados hereges todos os cristãos que questionassem
os dogmas oficiais da Igreja ou realizassem práticas estranhas aos ritos da fé
cristã, o que era mais comum entre os "novos cristãos" – judeus
convertidos à força, que ainda mantinham secretamente suas práticas religiosas
e tradições.
No início, os hereges eram punidos apenas com a excomunhão.
Quando no século IV o Cristianismo tornou-se a religião oficial do Império
Romano, os heréticos passam a ser perseguidos como inimigos do estado.
Em seguida também passaram a ser perseguidos alguns pensadores,
filósofos, cientistas, revolucionários, loucos, parteiras, curandeiras e
seguidores de outras religiões. Dentre eles, as mulheres foram suas maiores
vítimas, geralmente acusadas de bruxaria e pactos com o “Demônio”, pois a
Igreja acreditava que a mulher era mais facilmente corruptível devido a ser
“imperfeita”, e ter cometido o “pecado original”.
Dois anos após a Inquisição ter sido instituída, a
responsabilidade dos julgamentos passa dos bispos aos inquisidores, sob a
direta jurisdição do Papa, e são estabelecidas punições severas, que variavam
desde abjuração pública, peregrinação a um santuário, confisco dos bens, a
prisão em cadeia, e a prisão perpétua, que foi automaticamente convertida pelas
autoridades civis em execução pública na fogueira ou na forca. Os heréticos não
podem recorrer ao direito de asilo, e em geral, duas testemunhas constituem
suficiente prova de culpa.
Em 1252, o Papa Inocêncio IV sanciona o uso da tortura como
método de obtenção da confissão de suspeitos. As condenações dos culpados são
lidas numa cerimônia pública no fim dos processos. Os mais célebres condenados
foram Joana D'Arc (1412-1431) e Giordano Bruno (1548?-1600), ambos queimados
vivos e Galileu Galilei (1564-1652), que teve de renegar suas teorias.
Uma forma ainda mais violenta da Inquisição surge em 1478,
na Espanha, a pedido dos reis católicos Fernando e Isabel, contra os judeus e
muçulmanos, que eram convertidos pela força ao Cristianismo.
Em 1484, o Papa Inocêncio VII publicava uma bula condenando
a excomunhão, interdição e outras penas e castigos “sem apelação” a todos os
que se opusessem às atividades inquisitórias de Heinrich Kramer e James
Sprenger, monges dominicanos alemães. Neste mesmo ano, os monges haviam escrito
O Malleus Maleficarum – O Martelo das Bruxas ou O Martelo das Feiticeiras,
manual dedicado à prática da Inquisição de mulheres possuídas. Seguia-se,
então, um roteiro de como reconhecer uma feiticeira, compreender sua tendência
para o mal, interrogá-la e torturá-la, já que, mesmo tendo confessado seu
“crime”, a feiticeira devia ser suplicada antes de morrer. A Inquisição usava
como método de obtenção de confissão diversas formas de tortura, e em casos
extremos, levando o torturado à morte.
Os horrores da Inquisição terminaram pouco depois de 1750,
ou seja, durou mais de quinhentos anos, e matou um número incalculável de
dezenas de milhares de pessoas, em sua maioria inocentes, e até mesmo acusadas
por rixas ou interesses pessoais. A maior atrocidade da humanidade foi
fomentada por séculos de perseguição e intolerância religiosa, ganância, medo,
ignorância, e hipocrisia, que vão desde a fundação da Igreja às Cruzadas.
Wicca
Wicca é uma
religião neopagã, mítica, politeísta, iniciática, de culto dualista e
orientação matrifocal.
A palavra paganismo vem do termo latino “paganni”, que
significa “do campo”, referindo-se aos povos essencialmente agrícolas, seus
costumes e crenças. Portanto, religiões pagãs eram todas aquelas onde se
cultuavam os deuses da natureza e seus fenômenos, geralmente objetivando garantir
boas colheitas. Como atualmente nossa sociedade não é mais basicamente agrária,
e nem cultuamos os antigos deuses exatamente como no passado, hoje utilizamos o
termo neopagão.
Religiões míticas são aquelas baseada em algum sistema
mitológico, onde os deuses são personagens em histórias que teriam acontecido
no passado, mas que são relembradas e vivenciadas através de ritos e
cerimônias. A wicca não tem uma mitologia única, pois cada tradição cultua
diferentes panteões de deuses. O que todas as tradições têm em comum,
independente de quais deuses cultuam, é que eles são os responsáveis pela
sucessão dos ciclos sazonais.
O politeísmo é a crença e culto em vários deuses,
com atributos e personalidades próprias, em oposição ao conceito de Monoteísmo,
que prega a existência de um único deus todo-poderoso.
Religiões iniciáticas são aquelas onde é necessário passar
por um determinado período de preparação e alguns ritos, para que uma pessoa
possa ser considerada oficialmente um membro.
O dualismo é a crença de que, dentro de tudo que
existe no universo, existem forças opostas e complementares, como luz e trevas,
masculino e feminino, yin e yang. Assim, a Wicca possui um culto dualista,
porque, apesar de acreditarmos em vários deuses, durante nossas celebrações
escolhemos um casal de deuses para representar a Grande Deusa Mãe, e sua
contraparte, o Deus Cornífero.
O matriarcado era uma estrutura de organização
social presente na maioria das antigas civilizações. Nessas sociedades, a
mulher tinha um papel de destaque, onde elas assumiam a liderança familiar e
religiosa. O feminino era reverenciado pelo fato de somente as fêmeas serem
capazes de dar à luz – um atributo mágico e sagrado da natureza, que é a Grande
Deusa Mãe. Apesar disso, nessas sociedades, homens e mulheres eram tratados
como iguais; diferente da atual sociedade patriarcal em que vivemos, onde a
mulher é considerara inferior aos homens. Da mesma forma, na Wicca valorizamos
a igualdade entre os gêneros. Os homens apenas precisam ter um respeito especial
pelas mulheres, pois todos nasceram de uma mulher.
Devido às
perseguições e o medo gerado pela Inquisição, muitos praticantes da bruxaria e
seguidores de religiões neopagãs, ainda hoje, são vítimas de preconceito. Isso
se deve, principalmente, pela forte influência cultural do Cristianismo nos
países ocidentais, que ao longo do tempo foi distorcendo os conceitos e a
imagem das práticas religiosas pagãs. Em alguns países, que não são laicos,
ainda hoje é considerado crime professar outras religiões que não a
oficializada do Estado.
É necessário
conseguir romper com muitos paradigmas e conceitos que estão arraigados em
nosso inconsciente, num processo de regressão a condição original do homem: de
viver em harmonia com o meio ambiente e com o todo, sem medo ou culpa. Esse
processo pode ser difícil para algumas pessoas, até mesmo doloroso, pois é como
superar traumas e quebrar barreiras que já fazem parte de nossa estrutura
social e cultural, como alguns conceitos de “certo” e “errado”.
Ostara – O Equinócio de Primavera
(20-23 de Março no HN / 20-23 de Setembro no HS)
O termo
“Ostara” provavelmente se originou do nome da Deusa “Eostre” - a deusa
germânica do Sol nascente, que era celebrada com a chegada da primavera. Neste
momento, dia e noite têm a mesma duração. No mito, o Deus já está mais
crescido, e a Deusa também está mais jovem. Ambos estão cheios de alegria e
vigor, e quando eles se encontram, apaixonam-se. A natureza desperta e
floresce, promovendo a fertilidade da terra. A partir de então, os dias vão
ficar cada vez mais longos.
O Resgate do Sagrado Feminino
Pode parecer
estranho aceitar a afirmação de que há algo por trás de todo este processo de
busca, mas é bem mais fácil se entendermos que o que chamamos hoje de
"Despertar da Deusa" na realidade ocorreu ha muito tempo atrás,
quando a teia matriz estava sendo formada. Neste momento, todas as energias se
faziam presentes com suas funções bem definidas, tudo fazia parte de um Todo e
havia o real sentido do que é ser holístico.
O que hoje
motiva e direciona o ser humano à busca dessa plenitude, é a atração que sente
devido a afinidade com um determinado grupo que chamamos de ancestrais. Não
necessariamente aos antecedentes familiares e sim aos que participaram da mesma
egrégora na formação da teia matriz, e que criaram um elo com as forças
supra-temporais de conservação, àquilo que se encontra na fonte da existência.
Portanto, não somos nós que escolhemos a qual panteão cultuar ou qual tradição
seguir, mas é nossa própria ancestralidade que nos direciona ao reencontro,
primeiramente a nível terreno, na busca por alguém que faça parte da mesma, e
que possa transmitir os mistérios referentes à tradição. Assim, começa a
preparação do neófito que futuramente será apresentado formalmente à egrégora.
Todo este
processo se faz necessário para que haja uma re-conexão, um religare, com a
Natureza de forma mais natural e o encontro com a verdadeira harmonia seja mais
tranqüilo. O resgate ao Sagrado em nossas vidas é assegurado e há, finalmente,
o retorno as nossas origens e ao Todo no qual fazemos parte.
O Pentagrama
Objeto em forma de disco com um pentagrama entrelaçado
circunscrito. Acredita-se que esse símbolo em forma de estrela tenha se
originado na civilização Sumério-babilônica e se difundiu por várias culturas,
tendo chegado à Grécia antiga, aos alquimistas europeus e a diversos sistemas
mágicos. Atualmente ele é um dos maiores símbolos da bruxaria.
O pentagrama é rico em significados: A estrela de cinco
pontas parece um homem de pé e de braços abertos, e representa o Deus
Cornífero, o Sol, o princípio masculino e o microcosmo; e cada ponta da estrela
representa os cinco elementos (fogo, terra, água, ar e éter). Já o círculo que
a envolve representa a Deusa, a Lua, o princípio feminino e o macrocosmo. A
fusão da estrela e do círculo representa o Deus dentro do útero da Deusa, e
consequentemente os eternos ciclos de nascimento, morte e renascimento da
natureza.
O Pentagrama é usado para diversas funções: abrir e fechar
portais; evocar, concentrar e banir energias; consagrar objetos, abençoar
pessoas e também como amuleto de proteção.
Fonte de Estudo: http://uniaowiccadobrasil.org.br/
Participação Especial: Marcelo Oliveira
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