terça-feira, 23 de setembro de 2014

O SAGRADO FEMININO

Oi gente,

Primeiramente quero junto com vocês celebrar o início da PRIMAVERA!!!
O vídeo de hoje fala um pouquinho sobre O Sagrado Feminino e a Inquisição.

Beijo no coração Namastê

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A Inquisição - O Período das Trevas


Durante os milênios seguintes ao surgimento da civilização humana, cada povo desenvolveu suas próprias religiões, algumas pagãs politeístas, outras monoteístas.
A Inquisição foi um tribunal da igreja Cristã instituído no século XIII para perseguir, julgar e punir os acusados de heresia, que além de exercer controle social via poder coercitivo, garantia aquisição de riquezas financeiras à Igreja. Ela foi instaurada pelo Papa Gregório IX (1148-1241) em 1231.
Eram considerados hereges todos os cristãos que questionassem os dogmas oficiais da Igreja ou realizassem práticas estranhas aos ritos da fé cristã, o que era mais comum entre os "novos cristãos" – judeus convertidos à força, que ainda mantinham secretamente suas práticas religiosas e tradições.
No início, os hereges eram punidos apenas com a excomunhão. Quando no século IV o Cristianismo tornou-se a religião oficial do Império Romano, os heréticos passam a ser perseguidos como inimigos do estado.
Em seguida também passaram a ser perseguidos alguns pensadores, filósofos, cientistas, revolucionários, loucos, parteiras, curandeiras e seguidores de outras religiões. Dentre eles, as mulheres foram suas maiores vítimas, geralmente acusadas de bruxaria e pactos com o “Demônio”, pois a Igreja acreditava que a mulher era mais facilmente corruptível devido a ser “imperfeita”, e ter cometido o “pecado original”.
Dois anos após a Inquisição ter sido instituída, a responsabilidade dos julgamentos passa dos bispos aos inquisidores, sob a direta jurisdição do Papa, e são estabelecidas punições severas, que variavam desde abjuração pública, peregrinação a um santuário, confisco dos bens, a prisão em cadeia, e a prisão perpétua, que foi automaticamente convertida pelas autoridades civis em execução pública na fogueira ou na forca. Os heréticos não podem recorrer ao direito de asilo, e em geral, duas testemunhas constituem suficiente prova de culpa.
Em 1252, o Papa Inocêncio IV sanciona o uso da tortura como método de obtenção da confissão de suspeitos. As condenações dos culpados são lidas numa cerimônia pública no fim dos processos. Os mais célebres condenados foram Joana D'Arc (1412-1431) e Giordano Bruno (1548?-1600), ambos queimados vivos e Galileu Galilei (1564-1652), que teve de renegar suas teorias.
Uma forma ainda mais violenta da Inquisição surge em 1478, na Espanha, a pedido dos reis católicos Fernando e Isabel, contra os judeus e muçulmanos, que eram convertidos pela força ao Cristianismo.
Em 1484, o Papa Inocêncio VII publicava uma bula condenando a excomunhão, interdição e outras penas e castigos “sem apelação” a todos os que se opusessem às atividades inquisitórias de Heinrich Kramer e James Sprenger, monges dominicanos alemães. Neste mesmo ano, os monges haviam escrito O Malleus Maleficarum – O Martelo das Bruxas ou O Martelo das Feiticeiras, manual dedicado à prática da Inquisição de mulheres possuídas. Seguia-se, então, um roteiro de como reconhecer uma feiticeira, compreender sua tendência para o mal, interrogá-la e torturá-la, já que, mesmo tendo confessado seu “crime”, a feiticeira devia ser suplicada antes de morrer. A Inquisição usava como método de obtenção de confissão diversas formas de tortura, e em casos extremos, levando o torturado à morte.
Os horrores da Inquisição terminaram pouco depois de 1750, ou seja, durou mais de quinhentos anos, e matou um número incalculável de dezenas de milhares de pessoas, em sua maioria inocentes, e até mesmo acusadas por rixas ou interesses pessoais. A maior atrocidade da humanidade foi fomentada por séculos de perseguição e intolerância religiosa, ganância, medo, ignorância, e hipocrisia, que vão desde a fundação da Igreja às Cruzadas.

Wicca


Wicca é uma religião neopagã, mítica, politeísta, iniciática, de culto dualista e orientação matrifocal.
A palavra paganismo vem do termo latino “paganni”, que significa “do campo”, referindo-se aos povos essencialmente agrícolas, seus costumes e crenças. Portanto, religiões pagãs eram todas aquelas onde se cultuavam os deuses da natureza e seus fenômenos, geralmente objetivando garantir boas colheitas. Como atualmente nossa sociedade não é mais basicamente agrária, e nem cultuamos os antigos deuses exatamente como no passado, hoje utilizamos o termo neopagão.
Religiões míticas são aquelas baseada em algum sistema mitológico, onde os deuses são personagens em histórias que teriam acontecido no passado, mas que são relembradas e vivenciadas através de ritos e cerimônias. A wicca não tem uma mitologia única, pois cada tradição cultua diferentes panteões de deuses. O que todas as tradições têm em comum, independente de quais deuses cultuam, é que eles são os responsáveis pela sucessão dos ciclos sazonais.
O politeísmo é a crença e culto em vários deuses, com atributos e personalidades próprias, em oposição ao conceito de Monoteísmo, que prega a existência de um único deus todo-poderoso.
Religiões iniciáticas são aquelas onde é necessário passar por um determinado período de preparação e alguns ritos, para que uma pessoa possa ser considerada oficialmente um membro.
O dualismo é a crença de que, dentro de tudo que existe no universo, existem forças opostas e complementares, como luz e trevas, masculino e feminino, yin e yang. Assim, a Wicca possui um culto dualista, porque, apesar de acreditarmos em vários deuses, durante nossas celebrações escolhemos um casal de deuses para representar a Grande Deusa Mãe, e sua contraparte, o Deus Cornífero.
O matriarcado era uma estrutura de organização social presente na maioria das antigas civilizações. Nessas sociedades, a mulher tinha um papel de destaque, onde elas assumiam a liderança familiar e religiosa. O feminino era reverenciado pelo fato de somente as fêmeas serem capazes de dar à luz – um atributo mágico e sagrado da natureza, que é a Grande Deusa Mãe. Apesar disso, nessas sociedades, homens e mulheres eram tratados como iguais; diferente da atual sociedade patriarcal em que vivemos, onde a mulher é considerara inferior aos homens. Da mesma forma, na Wicca valorizamos a igualdade entre os gêneros. Os homens apenas precisam ter um respeito especial pelas mulheres, pois todos nasceram de uma mulher.
Devido às perseguições e o medo gerado pela Inquisição, muitos praticantes da bruxaria e seguidores de religiões neopagãs, ainda hoje, são vítimas de preconceito. Isso se deve, principalmente, pela forte influência cultural do Cristianismo nos países ocidentais, que ao longo do tempo foi distorcendo os conceitos e a imagem das práticas religiosas pagãs. Em alguns países, que não são laicos, ainda hoje é considerado crime professar outras religiões que não a oficializada do Estado.
É necessário conseguir romper com muitos paradigmas e conceitos que estão arraigados em nosso inconsciente, num processo de regressão a condição original do homem: de viver em harmonia com o meio ambiente e com o todo, sem medo ou culpa. Esse processo pode ser difícil para algumas pessoas, até mesmo doloroso, pois é como superar traumas e quebrar barreiras que já fazem parte de nossa estrutura social e cultural, como alguns conceitos de “certo” e “errado”.

Ostara – O Equinócio de Primavera (20-23 de Março no HN / 20-23 de Setembro no HS)



O termo “Ostara” provavelmente se originou do nome da Deusa “Eostre” - a deusa germânica do Sol nascente, que era celebrada com a chegada da primavera. Neste momento, dia e noite têm a mesma duração. No mito, o Deus já está mais crescido, e a Deusa também está mais jovem. Ambos estão cheios de alegria e vigor, e quando eles se encontram, apaixonam-se. A natureza desperta e floresce, promovendo a fertilidade da terra. A partir de então, os dias vão ficar cada vez mais longos.

O Resgate do Sagrado Feminino


Pode parecer estranho aceitar a afirmação de que há algo por trás de todo este processo de busca, mas é bem mais fácil se entendermos que o que chamamos hoje de "Despertar da Deusa" na realidade ocorreu ha muito tempo atrás, quando a teia matriz estava sendo formada. Neste momento, todas as energias se faziam presentes com suas funções bem definidas, tudo fazia parte de um Todo e havia o real sentido do que é ser holístico.
O que hoje motiva e direciona o ser humano à busca dessa plenitude, é a atração que sente devido a afinidade com um determinado grupo que chamamos de ancestrais. Não necessariamente aos antecedentes familiares e sim aos que participaram da mesma egrégora na formação da teia matriz, e que criaram um elo com as forças supra-temporais de conservação, àquilo que se encontra na fonte da existência. Portanto, não somos nós que escolhemos a qual panteão cultuar ou qual tradição seguir, mas é nossa própria ancestralidade que nos direciona ao reencontro, primeiramente a nível terreno, na busca por alguém que faça parte da mesma, e que possa transmitir os mistérios referentes à tradição. Assim, começa a preparação do neófito que futuramente será apresentado formalmente à egrégora.
Todo este processo se faz necessário para que haja uma re-conexão, um religare, com a Natureza de forma mais natural e o encontro com a verdadeira harmonia seja mais tranqüilo. O resgate ao Sagrado em nossas vidas é assegurado e há, finalmente, o retorno as nossas origens e ao Todo no qual fazemos parte.

O Pentagrama


Objeto em forma de disco com um pentagrama entrelaçado circunscrito. Acredita-se que esse símbolo em forma de estrela tenha se originado na civilização Sumério-babilônica e se difundiu por várias culturas, tendo chegado à Grécia antiga, aos alquimistas europeus e a diversos sistemas mágicos. Atualmente ele é um dos maiores símbolos da bruxaria.
O pentagrama é rico em significados: A estrela de cinco pontas parece um homem de pé e de braços abertos, e representa o Deus Cornífero, o Sol, o princípio masculino e o microcosmo; e cada ponta da estrela representa os cinco elementos (fogo, terra, água, ar e éter). Já o círculo que a envolve representa a Deusa, a Lua, o princípio feminino e o macrocosmo. A fusão da estrela e do círculo representa o Deus dentro do útero da Deusa, e consequentemente os eternos ciclos de nascimento, morte e renascimento da natureza.
O Pentagrama é usado para diversas funções: abrir e fechar portais; evocar, concentrar e banir energias; consagrar objetos, abençoar pessoas e também como amuleto de proteção.


Participação Especial: Marcelo Oliveira


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