terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Depoimento Ayahuasca: Conheça a planta que te conecta ao Universo



Olá, tudo bem?
Hoje quero falar sobre a minha experiência com a Ayahuasca, planta de poder utilizada no Xamanismo. Sei que é um grande desafio falar sobre uma experiência tão transcendental como esta, mas a idéia é trazer pelo menos um pouquinho da vivência.
Não vou entrar em detalhes técnicos do chá, pois estes são facilmente encontrados na Internet. Só quero desde o início deixar claro que a Ayahuasca não é considerada uma droga, sendo inclusive permitida por lei.
“Após 18 anos de estudos, o Conselho Nacional de Políticas Sobre Drogas[36] do Brasil retirou, em 23 de novembro de 2006, a ayahuasca da lista de drogas alucinógenas definitivamente. A ayahuasca já havia sido excluída desta lista em caráter provisório desde setembro de 1987.[37]” Fonte Wikipédia

Esta é uma planta de grande poder espiritual. Em uma das minhas aulas de Kabbalah, o professor falou que levou o rabino dele para tomar o chá, e ele mesmo confirmou este grande poder que a planta tem para nos conectar ao divino.
A força da Ayahuasca me chama faz muito tempo. Desde que fiz meu processo intensivo de Kabbalah e Bioenergética, meu professor me fala da planta. Depois de algumas sessões, ele falou que eu estava preparado, mas no dia do ritual, acabei não indo. Acho que o Universo estava guardando algo…
Um pouco depois, um outro amigo veio me falar da planta. Lembro que ele me ligou, e enrolou bastante para me falar, pois acho que ficou com medo de eu achar que era coisa de louco ou algo assim. Mal sabia ele que eu já conhecia… =) Quando falei pra ele que já tinha me ligado que era a Ayahuasca, ele falou logo o que ele queria e me chamou para tomar. Mas ainda não era a hora…
Bons anos depois, comecei finalmente um curso de Xamanismo, que é um assunto que eu já estudava faz muito tempo, mas até então no campo teórico.
Recentemente resolvi entrar de vez no mundo das plantas de poder. Precisei de algumas aulas para me abrir para o Rapé, e a experiência foi ótima, descrevi um pouco neste post. Hoje já tenho meu próprio Rapé, e utilizo em casa em minhas meditações.
Durante o curso, alguns rituais com a Ayahuasca aconteceram, mas eu ainda assim não tinha ido.
Um belo dia, o professor falou que ia ter um ritual que os índios iriam conduzir.
Uau! Pensei eu. Sem dúvida chegou a hora! Nada como conhecer a planta com os grandes detentores da medicina conduzindo o ritual.
Confesso que estava muito apreensivo. Eu particularmente não gosto nem um pouco de vomitar, e o que eu mais ouvia eram histórias de pessoas que vomitaram até as tripas.
Resolvi deixar isso de lado, pois se eu tivesse que vomitar, pelo menos já sabia que não seria o único. rsrs
O dia chegou… Cheguei mais cedo no local, e só haviam algumas pessoas com as quais eu comecei a trocar experiências, pois elas já haviam tomado.
Estava chegando a hora do ritual, e as pessoas começaram a entrar e pegar os seus lugares. Eu escolhi um perto da saída, só para o caso de acontecer alguma “tragédia”.
Os índios chegaram. Eram três índios da tribo Huni Kuin, o Bainawá Inubake a Same Putumi e o Keã Inubake. A energia deles é incrível, e eu como gosto deste contato com a natureza, praticamente senti o espírito da floresta entrando com eles.
Começaram com o Rapé. Eu estava querendo focar no efeito da ayauasca, então não tomei. Fizemos uma roda de abertura dos trabalhos com um lindo canto indígena, e em seguida abriram a primeira dose do chá.
Chegou a minha vez… Fui tomar, e o Bainawá Inubake perguntou o meu nome. Ele perguntou se eu estava acostumado com a planta, e eu falei que era o primeiro contato, então ele deu uma dose menor.
Eu tomei e, surpreendentemente, gostei bastante do gosto. Estava na expectativa de ser um chá com o gosto muito ruim, mas no final é bem tranquilo.
Sentei, e não sentia nada… Estava quase indo lá perguntar onde estavam os efeitos, quando finalmente a força veio.
Eu fechava os olhos e via caveiras e espectros, imagens bem feias, mas lembro que não fiquei com medo. Com o tempo, às imagens foram ficando mais bonitas.
Abriram a segunda dose, e ele perguntou quem queria tomar. Eu já levantei correndo e fui. Esta sim foi bem servida e estava muito mais amarga do que a primeira.
Quando veio a força da segunda dose, a energia foi incrível! É difícil explicar, mas meu corpo não parava. Mesmo deitado, as minhas pernas batiam fortemente os joelhos como se fosse uma batida de coração. Eu mudava de posição, e outra parte do corpo começava a mexer.
Resolvi sair um pouco, e a energia era tanta que eu quase sai pulando, era como se tivesse tomado o suquinho gami rsrs
juice
Voltei pra sala, e percebi que era o canto dos índios que fazia meu corpo dançar. É como se as musicas chamassem o espírito da planta.
A sensação era magnífica. Desde o inicio pedi para a planta me ensinar o que eu precisava aprender para evoluir. E eu fui entendendo o recado…
Estava com uma das melhores sensações que senti na vida, ouvindo aquelas musicas e trabalhando com o espírito da planta, mas o mais surpreendente estava por vir…
Quando fomos chegando no final, os índios chamaram novamente para a roda, para que pudéssemos fechar o trabalho.
Demos as mãos e eles começaram a cantar. Eu senti uma energia muito forte chegando no meu corpo, lembro que começou a ficar tão forte que quase sai da roda, quando então veio um clarão com um barulho, como se fosse aquela estática das TVs antigas.
giphy
Quando me dei conta, estava caído no meio da roda. Abri o olho e a sensação imediata foi que eu tinha me teletransportado pra lá. Fiquei tentando entender e quis levantar, mas é como se a planta não quisesse que eu fizesse isso (talvez o que ela queria é que eu ficasse no meio da roda mesmo). Fiquei lá espatifado no chão, e o canto continuava. Quando a roda se abriu, eu levantei tentando entender o que aconteceu.
Ouvi dizer que esta poderia ser a “morte xamânica”… O que eu sei que foi realmente uma sensação incrível. Apesar de ter ficado um grande período de tempo sem comer e sem dormir, no final do trabalho eu não estava nem com sono e nem com fome.
Peguei a estrada e vim pra casa normalmente. Até iria passear com o cachorro, mas como estava chovendo, resolvi ir dormir.
Esta foi uma experiência única e maravilhosa. Ainda estou processando tudo o que aconteceu, e sinto que a planta está trazendo ainda alguns aprendizados.
Seguimos aprendendo e evoluindo.
Namaste _/\_


Extraído do site:
http://www.vivaoseuproposito.com/conheca-a-planta-que-te-conecta-com-o-universo-2/

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