segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Nós somos o sonhador do sonho



Oi gente,

Quero começar a Segunda-Feira com um tema forte porque somos fortes!!!

O texto é a tradução do vídeo do Ken Wapenick, onde ele tenta fazer com que a gente perceba que somos os sonhadores do sonho.

Talvez isso não fique muito claro logo na primeira tentativa, mas garanto que aos poucos a gente vai se acostumando com essa ideia e também a perceber o quanto isso é verdade.

Pode ser que passe pela sua cabeça que isso tudo é uma grande loucura, mas não se assuste é só o ego tentando proteger seu sintema.

Beijos no coração

Namastê
_/\_


por  Ken Wapenick


Nós ainda estamos no primeiro passo do perdão, que consiste em reverter a projeção que, basicamente, tal como vimos nestes parágrafos no final do Capítulo 27, implica reconhecermos que, seja o que for que nos perturba, não provém de nenhuma coisa externa, mas sim da decisão que tomamos.

Para reforçar esta ideia, vamos olhar para uma outra secção no capítulo seguinte, Capítulo 28, Seção II "Revertendo Efeito e Causa."

O contexto especifico aqui, e que na verdade é um tema que é bastante aprofundado, nesta parte do texto, é, mais uma vez, toda esta ideia do sonhador e do sonho. A questão principal, claro, é que o sonhador é a mente, mais especificamente, a parte tomadora de decisões da nossa mente que escolheu acreditar no ego e no seu sistema de pensamento de separação e especialismo. E é a decisão de nos identificarmos com esse sistema de pensamento que dá origem ao mundo.

O mundo é, então, o sonho. E no final do Capítulo 27 Jesus faz a distinção entre o sonho do mundo e o sonho secreto. O sonho do mundo é o mundo como o conhecemos, o que consideramos ser a História, os eventos da atualidade, aquilo a que chamamos as nossas próprias vidas pessoais. É o mundo como o conhecemos.

O sonho secreto é o sonho ... aquele mito de que falei antes ...que o ego inventou sobre pecado, culpa e medo.

Esse é o sonho que me diz que eu pequei contra Deus, e eu sei que fiz isso porque eu existo, e o meu ego disse-me que eu só posso existir à custa de Deus.

Assim, nós aceitamos tudo o que já aconteceu desde então como um dado adquirido. Aceitamos o mundo tal como é.

Pareceriam ser apenas factos do mundo e, por isso, aceitamos tudo o que nos acontece como sendo um dado adquirido, como sendo a verdade.

Então, o que este primeiro passo faz é ajudar-nos a reconhecer, mais uma vez, que tudo aquilo que pensamos que nos foi feito a nós, é algo que nós fizemos a nós próprios.

Nós somos os responsáveis pela nossa perda de paz.

Nós somos o sonhador do sonho.

E assim, este é agora o tema que vai ser, mais uma vez, abordado nesta secção. Comecemos, então, com o parágrafo 4.

“Não aconteceu absolutamente nada, excepto o facto de que tu te puseste a dormir e tiveste um sonho no qual eras um estranho para ti mesmo e apenas uma parte do sonho de alguma outra pessoa.”

Eu sou agora totalmente alheio ao que está a acontecer.

É a parte de mim, tomadora de decisões, que é a causa disto, e eu sou agora a vítima inocente, ou o efeito, do sonho de outra pessoa. E é assim que a nossa "vida" começa.

Nós somos o efeito do sonho dos nossos pais, da composição genética, das influências ambientais, etc., etc.

E assim, quando ele nos diz que "nada aconteceu”, ele está realmente a dizer que nada jamais aconteceu.

Não há mundo.

Tudo o que aconteceu é que nós adormecemos, ou acreditamos que adormecemos, e agora estamos a sonhar um sonho no qual não somos responsáveis por nada.

Este é o sonho do mundo, que esconde e protege o sonho secreto - o facto de ser eu o único responsável.

Fui eu quem se separou de Deus. Fui eu quem se proclamou a si mesmo de Deus, de forma egoísta e à Sua custa.

Ora aqui está uma linha muito, muito importante à qual me referi anteriormente.

O milagre não nos desperta, mas apenas nos mostra quem é o sonhador. Ele ensina-nos que há uma escolha entre sonhos, enquanto ainda estamos adormecidos, dependendo do propósito que damos ao sonho.

Uma vez que este é Um Curso em Milagres, poderíamos dizer também que o propósito deste curso não é despertar-nos.

Mas simplesmente mostrar-nos quem é o sonhador. 

É isso que Jesus quer dizer quando anteriormente afirma que o conhecimento não é o objetivo deste curso. A paz é.

A distinção que ele faz aqui é a de que o conhecimento é o equivalente ao Céu e a Deus.

A paz é o que acontece quando perdoamos.

Ela é ainda uma ilusão, mas é a ilusão final.

O objetivo deste Curso não é fazer-nos retornar ao Céu.

Isso acontecerá automaticamente quando desfizermos todas as interferências.

Assim, o foco está em desfazer as interferências.

E é isso o que o milagre faz.

Ele não muda nada.

Ele não nos desperta do sonho.

Mas mostra-nos ... em primeiro lugar, que isto é um sonho e que nós somos o sonhador.

E que o "eu" que é o sonhador, para lembrar mais uma vez, não é este “eu” com quem me identifico.

É a parte tomadora de decisões da minha mente, que escolheu o sonho secreto para ser a realidade e que, depois, escolheu o sonho do mundo para ser a proteção do sonho secreto.

Lembro, mais uma vez, que o milagre ensina que há uma escolha entre sonhos enquanto ainda dormimos, dependendo do propósito que damos ao sonho.

Queremos sonhos de cura ou sonhos de morte?

Um sonho é como uma memória [a secção anterior falava sobre a memória]. Um sonho é como uma memória, no sentido em que retrata o que quisemos que nos fosse mostrado.

Muito, muito importante. Ele está a falar do tomador de decisões.

É esse o propósito. O meu tomador de decisões quer escolher o ego ou o Espírito Santo?

Agora, o ego diz-me que se eu escolher o ego eu escolho a vida ... o que é verdade ...é a vida do ego.

Mas o que eu não percebo é que isso realmente é a morte.

Então, mais uma vez, nós precisamos de um professor que nos ensine a diferença entre vida e morte.

Tal como Jesus nos dizia antes, bem antes, no texto, que o Espírito Santo nos ensina a entender a diferença entre alegria e dor, entre prisão e liberdade, porque nós não sabemos a diferença.

O que pensamos ser alegria é realmente dor, e vice-versa.

Devo mencionar de novo que quando escolhemos o ego, e basicamente nos esquecemos do Espírito Santo,

(Ele desapareceu depois na nossa mente) nós também silenciamos essa voz.

Assim, a única voz que ouvimos sempre desde então tem sido a do ego. Há apenas duas vozes na nossa mente.

Na mente dividida há apenas duas vozes.

Ao termos banido o Espírito Santo, e para todos os efeitos e finalidades, O termos enterrado na mente, deixamos de ouvir essa voz.      
                   
Por isso, a única voz que ouvimos é a voz do ego.

E como agora essa é a única voz, isso é o mesmo que dizer que é a voz de Deus, porque é a única voz que conhecemos, ela é a voz da verdade, a verdade que o ego diz ser a verdadeira.

E assim, este sonho secreto passa agora a ser algo que é real.

Mais uma vez, quando lemos a Bíblia da perspectiva do Curso, vemos que o sonho secreto de pecado, culpa e medo, está  representado na história de Adão e Eva.

E o plano do ego para a Expiação, que é fazer com que o pecado seja real, com que o erro seja real e, depois, expiá-lo através de sofrimento e sacrifício, é o que depois veio a ser a visão cristã da Expiação.

É esse o plano cristão para a salvação.

Assim, este sonho secreto, esse mito com o qual todos alinhamos, e sabemos que alinhamos porque todos acreditamos que estamos aqui, e é isso que tem sido transmitido ao longo da história, sendo a Bíblia apenas uma versão, mas, aqui no mundo ocidental, certamente a versão mais importante.
Porque ela não só expressa essa ideia, como foi também envolta numa aura de verdade, de verdade revelada, que é ela a verdade, a Verdade de Deus.

Por isso, temos que ser ensinados que a escolha pelo ego é a escolha pela morte, e a escolha pelo Espírito Santo é a escolha pela cura. Em sonhos de assassinato e ataque, nós somos a vítima num corpo moribundo.

Mas em sonhos de perdão, não é pedido a ninguém para ser vítima ou sofredor.

Estes são os dois sonhos a que ele se refere. Os sonhos de vitimização do ego, e os sonhos felizes de perdão do Espírito Santo.

Então, nós queremos ser a vítima num corpo moribundo.

Novamente, porque é que acham que a crucificação de Jesus se tornou o maior símbolo e a peça central de uma religião?

O ego alimenta-se de sacrifício, de "ou um ou outro",um ganha e o outro perde. É por isso que o terceiro capítulo do texto começa com a secção “Expiação sem sacrifício”.

Porque na visão Cristã e, na verdade, na Judaica também, a Expiação envolve sacrifício.

É essa a vontade de Deus.

E mais uma vez, como mencionei antes, esse é o Jesus que nós amamos.

Esse é o Deus que amamos. Essas são as escrituras que amamos, que reforçam o nosso próprio sistema de pensamento de especialismo, sacrifício e morte.

Assim, nos sonhos de perdão, quando pedimos ajuda ao Espírito Santo,

Ele ajuda-nos a perceber que não há vencedores nem perdedores.

Aqui somos todos perdedores.

Mas todos nos tornamos vencedores quando percebemos que estamos todos a fazer o mesmo pedido de ajuda.

Somos perdedores porque todos compartilhamos o mesmo sistema de pensamento insano.

Mas somos todos vencedores porque todos temos ainda dentro de nós, na mente certa, esta centelha de luz.

Esta memória de quem realmente somos, que nos diz que tudo isto é um sonho.

E o caminho para fora do sonho é não fazer nada com o sonho e sim despertar dele.

Esta é outra forma de percebermos por que ele diz tantas vezes que nós não temos que fazer muito.

Tudo o que precisamos é de um pouco de boa vontade. Não precisamos de fazer nada.

Não precisamos de mover montanhas.

Não precisamos de mudar as coisas.

Não precisamos de curar ninguém.

Apenas olhem com os meus olhos em vez de com os vossos.

É somente isso que precisamos de fazer.


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