Amados, o tema de hoje se trata de um dos maiores
impeditivos na evolução espiritual, o vitimismo.
E antes de iniciarmos, eu gostaria de compartilhar que tenho
notado que muitas pessoas possuem dúvidas em relação à razão de existir de ego,
de qual é a sua funcionalidade no jogo da vida. Por isso peço, por amor, que
quem ainda possui dúvidas, que leia os textos Sobre o ego e Advogando a favordo ego.
Quando eu utilizo expressões como: acabar com o ego, se
livrar do ego, eliminar o ego, ou qualquer outra similar, na verdade, o que
estou querendo dizer é compreender e, consequentemente, transcender o ego.
É simplesmente impossível você acabar com seu ego, pois caso
isso acontecesse, você simplesmente deixaria de existir. É o seu ego quem te
mantém uma parte do Todo, é ele quem garante que você possa ser um ser
individualizado. É preciso um insight daqueles para que esse conceito passe a
fazer parte do seu consciente.
Então se você realmente quiser compreender a arquitetura da
existência, abandone toda ideia de exterminar o seu ego e foque toda sua
energia em compreender os seus mecanismos e, consequentemente, poder agir de
forma autônoma – sem as influências do ego.
E para compreendermos a relação entre o ego e o vitimismo,
precisamos novamente reforçar o motivo de existir do ego. Para que você seja um
ser individualizado, único em todos os universos, para que possa ser uma parte
do Todo, precisa existir dentro de você um “eu” que só pensa em si próprio, que
só pensa de forma individualizada. Esse “eu”, essa energia de individualização
que está presente em todos nós, é o ego.
Acontece que quando você não está consciente desse “eu”,
quando você não enxerga a sua existência, quer dizer que você está identificado
com ele, quer dizer que você pensa de verdade que é esse “eu”.
E é aí que está o “X” da questão, pensar no melhor para si
próprio, nunca levar em consideração o melhor para todos, é a missão do ego, é
para isso que ele existe. É pura ilusão acreditar que o ego um dia irá pensar
no melhor para todos, quem ainda tem esse sonho, é porque não compreendeu a
razão de existir do ego.
O que eu quero dizer, meus queridos, é que o ego nunca irá
se preocupar com o resultado das suas ações, simplesmente não passa pela cabeça
dele que suas ações geram reações que afetam outros seres, para ele, tudo está
certo, ele só está cumprindo a sua missão.
A questão é que se você não está consciente e alerta em
relação a isso, ou seja, quando você está identificado com o ego, você passa a
também acreditar que nada é sua responsabilidade, que você não tem nada a ver
com a reação das suas ações. E é exatamente daí que nasce o vitimismo, ele é o
produto da ausência da autorresponsabilidade. Você não se enxerga como
responsável por tudo que lhe acontece, logo, você acha que está sendo
injustiçado, que forças externas estão lhe punindo.
Eu não entrarei em detalhes neste tema pois ele já foi
abordado no texto A vida na terra, mas não posso deixar de mencionar a
realidade: existe um grande plano sendo executado há milhares de anos para nos
manter aprisionados a ilusão do vitimismo. E a lógica por trás é simples: se
você sair do vitimismo, se realmente compreender a autorresponsabilidade, é uma
questão de tempo para que você se enxergue criando a própria matrix, para que
você se enxergue dentro da matrix e, quando isso acontece, adeus véu.
Então para nos manter na ilusão do vitimismo, o teatro foi
montado em duas bases que sustentam as respostas da existência: ciência e
religião.
Na visão da ciência, a existência é mera casualidade. Para
os materialistas, “do nada”, o Big Bang ocorreu e a partir desse momento o jogo
começou a rodar. A ciência não está preocupada com a causa raiz, ela não está
interessada na origem, ela está preocupada com o que é palpável, com o que dá
para mensurar com a tecnologia disponível.
Agora, se você quer realmente descobrir a origem da vida, o
sentido da existência, se limitando a considerar somente o que os olhos físicos
são capazes de perceber, somente o que é possível captar com a tecnologia da
terceira dimensão, é óbvio que a origem será o “do nada”. Se o que você não
consegue enxergar, se o que você não consegue mensurar, é o “nada”, então nada
mais justo que você acredite que o Big Bang tenha vindo “do nada”.
Então na cabeça de um materialista clássico, que realmente
acredita na casualidade, no “do nada”, o conceito de autorresponsabilidade fica
mais distante de aparecer no leque de pensamentos que ele terá. No inconsciente
dele estará rodando: “Se nem a existência tem responsável, imagina eu ter
alguma responsabilidade por algo, eu não tenho nada a ver com isso”.
E a visão materialista traz um falso conforto, você tem a
ciência ao seu lado, seus argumentos são aceitos pela sociedade, do lado de
fora, você não terá nenhum problema. No entanto, o maior desconforto que um ser
pode sentir é o de não saber quem realmente é. Todos os demais desconfortos
derivam do fato de você ter esquecido quem realmente é e, em algum momento da
jornada, você terá que olhar para isso de frente. E quando isso acontece é um
grande momento de celebração, é o início do despertar.
Já na outra base de sustentação nós temos as religiões. E no
caso das religiões a conversa é simples, independentemente do Deus que se
acredite, desde que Ele esteja lá no céu, bem distante de você, tudo que
acontecer na sua vida serão bênçãos ou castigos de Deus. Se tudo está indo bem
é porque Deus está bonzinho com você, se tudo começa a dar errado, é porque Ele
está te punindo – você é um pecador.
E irmãos queridos, eu respeito a crença de cada um, mas caso
você queira ir até o fim no processo de autoconhecimento, em algum momento da
jornada, você terá que abandonar a religião. E não que eu tenha algo contra as
religiões, acontece que elas estão embaixo de dogmas, de regras e Deus, o Todo,
é o mais puro amor incondicional, ou seja, não julga, não diz o que é certo e o
que é errado, não pune, não faz nada além de compreender, aceitar e acolher.
As religiões foram criadas para te manter com medo de Deus e
não para te fazer recordar que você é Deus. Jesus Cristo não fundou nenhuma
religião, Gautama Sidarta, o Buda, não fundou nenhuma religião. Nenhum avatar
que passou pela terceira dimensão da Terra teve como objetivo criar uma
religião, todos pregavam que você e a Fonte são Um, que Deus está dentro de
você e não em algum lugar específico.
Então enquanto você acreditar em um Deus que julga, que te
pune, que de vez em quando é bonzinho com você, a autorresponsabilidade estará
bem distante da sua realidade, você estará preso ao círculo vicioso do colocar
na conta de Deus.
E independentemente do caminho que você faça, seja você um
materialista, um ateu, um religioso, não importa, em algum momento você vai
chegar ao autoconhecimento. Seja pelo amor ou pela dor, seja nessa vida ou
daqui mil anos, também não importa, uma hora você vai querer saber quem você é,
da onde você veio, o que está fazendo aqui e para onde vai.
E o despertar se inicia exatamente quando você decide
trilhar o caminho do autoconhecimento.
E para se autoconhecer de verdade, você
precisa se tornar consciente de todos os seus corpos, você precisa estar ciente
do seu corpo físico, do seu corpo mental e do seu corpo emocional.
A questão da autorresponsabilidade pode ser facilmente
compreendida se você tiver a curiosidade de saber a resposta da seguinte
pergunta: do que somos feitos?
E quando eu digo do que somos feitos, eu não estou me
referindo a origem, a fonte, eu estou dizendo na terceira dimensão mesmo. Qual
é a substância que nos dá forma, qual é a substância que nos permite ter um
corpo físico?
Do que somos feitos é o tema do nosso primeiro vídeo da
série Doidera técnica, quem ainda não assistiu, por gentileza, assista para uma
maior compreensão do tema.
Então ao se tornar consciente que você é feito de átomos,
que os átomos são os tijolos que estão por trás de toda “matéria” no universo,
você precisará fazer mais uma pergunta: o que é um átomo?
E para chegar na autorresponsabilidade, você precisa
simplesmente compreender o eletromagnetismo. Um átomo é um campo
eletromagnético e, um campo eletromagnético, tem como característica atrair
para si exatamente o seu conteúdo, ou seja, emana – volta.
Acontece que não é somente seu corpo físico que é feito de
átomos, seus corpos mental e emocional também são. Então não é somente seu
corpo físico que tem um campo eletromagnético, seus pensamentos e sentimentos
também têm, logo, o que você pensar, o que você sentir, é o que irá se
manifestar na sua realidade.
E meus queridos, isso não é uma questão de misticismo, de
esoterismo, de fé, é uma questão de física, é uma questão técnica da
existência.
Mas para que tudo isso faça sentido, para que você perceba
de forma consciente o eletromagnetismo atuando na sua vida, alguns conceitos
precisam ser compreendidos para que o quebra-cabeça seja completado.
Então para começar, você precisa compreender o que são as
dimensões da realidade. Uma das primeiras coisas que você aprende quando decide
entrar no mundo espiritual é que tudo é energia. E esse conceito está correto,
por mais que nossos olhos percebam o mundo da terceira dimensão de uma maneira
sólida isso não é real, todo átomo está vibrando em uma certa frequência que,
para a limitada percepção do olho humano, dá a percepção de solidez.
Só que tem um pequeno detalhe, não é porque o olho físico
consegue enxergar somente os átomos que estão vibrando nas frequências da
terceira dimensão, não é porque nossa ciência convencionou fazer ciência a
partir da matéria, do que dá para mensurar com a tecnologia da terceira
dimensão, que as demais dimensões deixem de existir.
Dimensões é o tema do nosso segundo vídeo da série Doidera técnica, quem ainda não assistiu, por amor, assista.
Mas vamos relembrar: tudo é feito de átomo e, todo átomo,
está vibrando a uma certa frequência. As dimensões nada mais são que faixas de
frequência. Por exemplo, supondo que na terceira dimensão os átomos vibrem nas
frequências entre um e dez. Na quarta dimensão, os átomos vibram entre onze e
vinte, na quinta, entre vinte um e trinta e por aí vai. Então o que difere uma
dimensão da outra é a frequência, é como um rádio que tem suas estações
separadas pela frequência. Você não precisa comprar um rádio para ouvir a
estação A e outro para ouvir a estação B, basta alterar a frequência que o
milagre acontecerá.
E é exatamente aqui que a nossa ciência tradicional,
materialista, está estagnada. Ela não reconhece a existência de outras
dimensões. Aliás, eles sabem que existe um algo a mais, no caso, eles chamaram
de “não-local”. É o caso do princípio da não-localidade, onde a teoria da
velocidade da luz ser a maior possível foi pelos ares, deixando até os
materialistas mais conservadores de boca aberta. Vamos observar quanto tempo
levará para que a ciência conservadora reconheça que o “não-local”, na verdade,
é uma outra dimensão da realidade, que a terceira dimensão é apenas uma das
infindáveis dimensões que existem e existirão.
Outro ponto que precisa ficar claro é que, quanto maior for
a dimensão, maior é a frequência de vibração dos átomos que a compõe, logo,
falando em termos cronológicos humanos, quanto maior a dimensão, mais rápida
será a realidade nela.
Agora vamos ligar os pontos: somente nosso corpo físico está
na terceira dimensão, nossos pensamentos e sentimentos estão em dimensões
superiores; nós não podemos tocar um pensamento, nós não podemos tocar um
sentimento. Então quer dizer que o que nós emanamos através dos nossos
pensamentos e sentimentos, primeiro, acontece nas dimensões superiores, levando
um tempo para que se manifeste na matéria. É preciso um tempo para que exista a
redução de frequência necessária para criar a realidade na terceira dimensão. E
esse tempo de materialização é completamente flexível, depende da intensidade
com que o sentimento foi emanado, depende da manutenção da crença do que foi
emanado, trata-se de uma co-criação segundo após segundo.
Então esse é um ponto que contribui e muito para a
manutenção do vitimismo, a ignorância da existência do eletromagnetismo e a
ignorância da existência e da lógica que está por trás das dimensões.
O que eu quero dizer, meus queridos, é que muito do que
estamos colhendo nessa vida é o resultado de semeaduras que foram feitas em
vidas passadas. Se você for tentar entender algumas coisas apenas observando os
acontecimentos da sua atual encarnação, é óbvio que não fará sentido. E dessa
incompreensão nascerá uma sementinha da falsa injustiça e, consequentemente, o
vitimismo.
Então não importa o que lhe aconteça aceite, pois é seu. O
eletromagnetismo não funciona de vez em quando sim e de vez em quando não, ele
trabalha vinte e quatro horas por dia, todos os dias do ano sem um único
segundo de descanso. Pode ficar tranquilo que tudo que você emanar para o
universo, mais cedo ou mais tarde, nessa vida ou em outra, encarnado ou
desencarnado, a conta virá para você. Como diz nosso querido irmão Prem Baba: o
delivery cósmico nunca falha.
E é exatamente esse delay, essa diferença de tempo entre
você emanar e a manifestação ocorrer na matéria, que cega muitas pessoas para o
fato delas estarem criando suas realidades o tempo todo. Elas não conseguem
correlacionar a colheita com o plantio.
Outro ponto fundamental para a compreensão do tema é a
diferença entre pensamento e sentimento. O coração (sentimento) tem um impulso
elétrico sessenta vezes mais forte e um campo eletromagnético cinco mil vezes
maior que o do cérebro (pensamento). O que eu quero dizer, meus amados, é que o
pensamento dá forma, mas é o sentimento quem cria.
Então não adianta pensar em amor em sentir ódio, dessa
forma, você estará atraindo mais ódio para você. Não adianta pensar em dinheiro
e se sentir escasso, pois assim você estará atraindo escassez para você.
É óbvio que é muito mais provável que você venha a sentir
aquilo que pensa. Se você pensa que não conseguirá fazer determinada coisa, é
natural que você sinta que não irá conseguir. Se você pensar que irá conseguirá
fazer, aumenta as chances de você realmente sentir que consegue fazer. Mas o
que precisa ficar claro para todos é que, em última instância, quem cria sua
realidade é o que você sente – é o sentimento.
É por isso que eu peço que todos estudem mecânica quântica,
o vitimismo só é possível se você se mantiver na ignorância, se você realmente
compreender as leis que regem o universo, a autorresponsabilidade surgirá de
forma natural. Para quem quer se aprofundar nos estudos da quântica, eu
recomendo o trabalho do professor Helio Couto.
E queridos irmãos, eu compreendo que a teoria do
materialismo é convidativa, que a casualidade te tire da obrigação de ter que
pensar em uma série de questões temidas pelo ego. Assim como eu compreendo que
a teoria do Deus julgador, que é bonzinho ou malvado com você, também é
convidativa, pois também te exime de questionar uma série de princípios – é
assim porque Deus quer. Mas em ambos os casos, por mais que sejam amplamente
aceitos na sociedade, que traga o conforto de estar de acordo com os padrões
vigentes, o máximo que você conseguirá será uma riqueza material, será o poder,
ou seja, uma felicidade oriunda do cumprimento das exigências do ego. Mais dias
ou menos dia, você irá se questionar se não existe algo a mais.
A mecânica quântica é uma forma de compreender, ao menos
intelectualmente, a questão da autorresponsabilidade. Mas para que isso
aconteça, você terá que se livrar das crenças do materialismo, se tornando
consciente das demais dimensões da realidade. Assim como você terá que se
livrar da ideia de um Deus punidor, se tornando consciente do eletromagnetismo.
E a autorresponsabilidade só será completamente compreendida
quando você se lembrar que a separação não passa de uma ilusão, que você e a
Fonte sempre foram e sempre serão Um. Nós somos feitos da Fonte e a Fonte é
onipotente, logo, nós somos onipotentes. O eletromagnetismo é a prova
científica da nossa condição de Deuses. Não importa o que você deseje, seja a
frequência que for, aquilo que você emanar irá voltar para você. E somente Deus
pode ter tudo que quiser, somente Ele pode ter todos os seus desejos atendidos.
A autorresponsabilidade abre caminhos para o processo de
autoconhecimento. E quanto mais você se autoconhecer, quanto mais se observar,
mais claro vão ficando os padrões negativos, as crenças limitantes que te
fizeram emanar sentimentos que não estão condizentes com o seu atual estado de
consciência. E quando você consegue enxergar com os próprios olhos sua
co-criação da realidade, quando você se torna consciente que é o responsável
por tudo, é inevitável que você seja tomado um por um desejo de ir a fundo no
processo de autoconhecimento que, fatalmente, te levará a recordação que és
Deus.
Busque conhecimento, emita amor, seja Luz!
Fonte:
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