segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Agradecer sem duvidar: eis o verdadeiro desafio

nunca pensei que agradecer fosse tão difícil assim...



Oi gente,


No vídeo de hoje falo sobre o desafio 300 dias de gratidão, sobre os aprendizados, dificuldades e mudanças que estou tendo.

Sempre posto aqui os e-mails que recebo da Flavia Melissa, aprendo muito com ela e espero que vocês também possam tirar algo de bom.

Beijos no coração.

Namastê



Oi! 


Como andam as coisas?

Hoje eu vim aqui te contar a história de um homem que morreu e, lá pelas tantas, viu-se em cima de um muro. De um lado do muro Deus, os anjos e muitos de seus amigos e familiares que haviam partido antes dele faziam a maior festa. Com faixas e cartazes e até bandinha tocando gritavam "Venha! Venha! Venha para o Céu, aqui é muito legal!". Do outro lado do muro o Diabo aguardava sozinho, cara de entediado, braços cruzados, olhando para o relógio de tempos em tempos parecendo estar de saco cheio.

O homem ficou confuso. Voltou a olhar para o Céu e, a cada vez que olhava, a bandinha tocava mais alto. Deus e os anjos gritavam mais alto e seus amigos e familiares agitavam as faixas e cartazes. "Venha para o Céu! Aqui é muito mais legal!". Mas, quando olhava para o Inferno... Nada. O Diabão lá, com cara de "ai que saco", sem mover uma palha para convencê-lo a se juntar a ele.

Lá pelas tantas o homem se irritou e perguntou ao Diabo: "Ei, e aí? Você não faz questão nenhuma de me convencer a ir para o Inferno? Aqui do outro lado do muro, no Céu, Deus, os anjos e meus conhecidos pulando e gritando e cantando pra me convencer a me juntar a eles. E você... Nada? Não faz questão nenhuma de me ter por aí? Acho que você não está entendendo o que está acontecendo!". Ao que o Diabão respondeu: "Quem não está entendendo o que está acontecendo é você, meu amigo. Porque o muro... Ah, o muro já é meu!".

Desde que iniciamos nosso #desafiodagratidão2015 tenho recebido muitas mensagens e partilhas relatando a dificuldade de agradecer verdadeiramente pelas coisas. Em um de meus últimos emails para você eu compartilhei um pouco de meus pensamentos sobre Resistências e eu acho que a dificuldade em agradecer vem dela, muitas vezes. Mas a dúvida, a incerteza e a falta de fé são causas ainda maiores da dificuldade em ser grato. Afinal, para agradecer é necessário acreditar que algo é bom - nem que seja a médio e longo prazo. Como agradecer por algo que não traz, em si, a semente da gratidão?

FÉ. A menor palavra de nosso idioma parece ser a quem contém maior aprendizado e, porque não dizer, maior dificuldade em ser desempenhada. Como diz meu amado Mestre Osho:

"Fé não é acreditar que tudo vai ficar bem.
É saber que tudo já está bem"

 
Mas como é que tudo pode estar bem quando não está? Como é que tudo pode estar bem quando dentro de mim eu não gostaria de estar vivendo o que estou vivendo? Como é que é possível encontrar paz se o que eu vivo dentro de mim é guerra e resistência? E, principalmente: como é possível agradecer por algo que está me matando?

Muitas destas perguntas podem ser suas - porque também são minhas. Em inúmeras situações em minha vida me deparo com situações que eu não gostaria de estar vivendo. Eu já compartilhei aqui com vocês os desafios que estamos enfrentando com relação à saúde de meu bebê desde que ele nasceu e, confesso, no auge da angústia e da ansiedade eu também questiono de que modo posso me sentir grata por todas as dificuldades e obstáculos que estamos experimentando. Mas, daí, eu me faço algumas perguntas poderosas que me ajudam a dimensionar onde estou, o que estou vivendo e, definitivamente, a descer do muro:

 
De que modo o que estou vivendo está fazendo de mim uma pessoa melhor?
O que estou aprendendo com isso?
Como posso transformar a dor que estou sentindo em algo produtivo?
Será que o que estou vivendo pode, de alguma forma, ajudar a outras pessoas?

E, principalmente : se todo o meu ser fosse feito do mais puro amor e da mais pura fé, pelo que eu seria, neste momento, capaz de agradecer?

Perguntas poderosas. Ao menos na minha experiência elas têm sido as maiores auxiliares no sentido de me fazer descer da porcaria do muro-inferno no qual nossas dúvidas nos colocam. Quando analisamos as situações que vivemos pelo ponto de vista do Ego e da mente que mente, cujos únicos objetivos são nos manter vivendo em um status quo e na maior zona de conforto possível, dificilmente seremos capazes de verdadeiramente agradecer por algo. Afinal, de acordo com a lógica tridimensional em que estas instâncias vivem, tudo o que existe poderia ser melhor.

Você poderia ser mais alto. Você poderia ser mais baixo. Você poderia ser mais gordo, ou mais magro, poderia ter mais dinheiro. Você poderia ser mais bonito, mais inteligente, mais atraente - seu emprego poderia ser melhor do que é. Você poderia, ah!, se poderia, ter amigos mais bacanas. Porque, pensando bem, você não se sente compreendido pelos que tem. Em pensar tudo o que você faz por eles... E eles não estão nem aí por você! Você poderia ser mais feliz no amor, não poderia? Ou, melhor: se fosse ao menos um pouco feliz no amor já estava bom, mas sua vida amorosa é um desastre. Aliás, sua vida inteira é um desastre. Nada dá certo. E, ainda por cima, parece que você vai pegar um resfriado. Que saco! Como é que alguém quer que você agradeça por alguma coisa? Nada está bom! Tudo poderia estar melhor! Agradecer pelo quê, sem parecer que você está forçando a barra?

O que eu estou propondo, com o #desafiodagratidão, é que você abandone a lógica tridimensional ao menos uma vez no dia. Caso a sua vida esteja repleta de desafios, abandone-os ao menos uma vez no dia. Olhe para tudo de cima. Se você tem nóias de ser mais alto, mais baixo, mais gordo, mais magro, mais bonito: de que modo estas situações podem fazer de você uma pessoa melhor? O que você está aprendendo com isso? Como você pode transformar todas estas nóias em algo produtivo? Será que, de alguma forma, estas nóias podem ajudar outras pessoas? E mais: se todo o seu ser fosse feito de amor e fé, pelo que você seria capaz de agradecer ao sentir essas nóias?

Talvez você esteja tendo uma ótima oportunidade para desenvolver o amor próprio. Talvez você esteja aprendendo a não julgar o livro pela capa, ou as pessoas pela aparência. Talvez você esteja, de algum modo, tendo a oportunidade de perceber que nosso corpo é apenas um invólucro carnal, um uniforme que temos que vestir para viver esta experiência na tridimensionalidade. Talvez seja uma ótima forma de aprender sobre superação, desapego e humildade. Talvez, se você tiver a força e a coragem de ser honesto e transparente com outras pessoas, você possa ajudá-la através de sua experiência, ensinando a outras pessoas aquilo que está aprendendo. E então talvez, apenas talvez, você tenha a capacidade de agradecer por ser assim - agradecer por todas as consequências que ser assim está tendo, impactando a sua vida e a vida de outras pessoas.

É a isso que estou te desafiando, já há mais de oitenta dias.
A agradecer sem duvidar de que, de alguma forma, o que quer que seja que você esteja vivendo é um milagre.

Claro, existirão pessoas que vão te julgar louco - muita gente me julga biruta. Existirão pessoas que vão criticar as suas manifestações de gratidão te dizendo que tudo isso é bobagem e que ficar agradecendo feito bobo pelas coisas que você vive ou te acontecem é babaquice. Tem gente, acreditem em mim, que vai te chamar de robô. E tudo bem - lembre-se que não vemos as coisas como elas são, e sim como nós somos. As pessoas que te julgam e te criticam estão vendo apenas a elas mesmas refletidas em você.

Não se esqueça de que nosso único objetivo nesta vida é desenvolver e transbordar a capacidade de amar incondicionalmente. Mas este amor começa no lado de dentro - depois é transbordado. Ame sua vida incondicionalmente e, em breve, não existirá nada à sua volta que não seja digno de ser amado.


Com meus votos de paz, bem e abundância, hoje e sempre,
Flavia.

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#desafiogratidão2015
#dia084
#flaviamelissa
#vivisawaking



Sabe aquele dia que você está esquisita
Tipo meio triste, mas não sabe o motivo
Nesses dias nada melhor que o trio:
Banho quente + nag champa + cama
Gratidão 

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