Por Renata Borges
Toda e qualquer flutuação emocional se reflete na
respiração. Na verdade, a respiração responde e ao mesmo tempo constitui os
padrões emocionais.
As emoções tem a função básica de favorecer a sobrevivência
de um ser vivo, produzindo um comportamento adequado a determinada situação e
preparando o organismo internamente para sustentar tal comportamento. Por
exemplo, se existe uma ameaça e uma fuga se faz necessária, as emoções fazem o
indivíduo decidir rapidamente pela fuga, liberando uma série de substâncias
químicas que favorecem este comportamento e alteram o funcionamento do sistema
como um todo - os batimentos cardíacos aumentam, a frequência e volume de ar
respirado também, otimizando assim a distribuição de O2 e outras substâncias no
organismo; as artérias das pernas recebem doses extras de O2 e glicose para que
a fuga seja bem sucedida.
As emoções são sempre um despertar do corpo. Em
situações limite como esta fica fácil observar como funciona a relação entre
respiração e emoções. Sendo o oxigênio nossa principal fonte de energia e a
respiração uma função inseparável da circulação sanguínea, qualquer alteração,
por mínima que seja, criará um movimento respiratório diferente. Assim, se seu
chefe te irrita, se seu filho te preocupa, se está apaixonado ou se encontra a
pessoa amada, sua respiração será parte destes estados, mesmo que lhes pareçam
sutis.
Bons atores conhecem bem este mecanismo e utilizam a respiração para
alcançar estados emocionais.
Quando estabelecemos esta intimidade com nossa
respiração percebemos estas pequenas nuances e nos tornamos mais conscientes de
emoções e sentimentos que nos acompanham no dia-a-dia.
Aprendemos sobre nós mesmos
em cada situação e podemos interferir conscientemente quando necessário,
fluindo com mais tranquilidade em momentos que despertam estados de tensão. A
respiração é um caminho para conhecer a si mesmo.
Equilibrando as
polaridades com a respiração alternada
Esta respiração não
deve ser praticada por muito tempo por aqueles que não estejam habituados com
ela. Um minuto basta desta vez, se estiver começando 😉
Tape a narina direita
com o polegar e inspire profundamente pela a narina esquerda. E então, tape a
narina esquerda com o dedo anelar, libere a passagem de ar da narina direita e
expire por esta via. A inspiração deve ser feita sempre pela narina que recém
expirou o ar - neste caso, inspire pela narina direita. Siga a sequência,
expirando com a narina esquerda e inspirando novamente por ela - depois
expirando pela direita e inspirando novamente por ela.
Pratique esta respiração
sentado, com a coluna ereta e quando estiver com o peito cheio de ar, sustente
alguns momentos o ar dentro de si - tampando as duas narinas - e observe
simultaneamente as sensações do seu peito e da sua testa. Sinta a conexão que
existe entre estas duas regiões do seu corpo durante a prática.
Para saber mais sobre sessões de renascimento com Renata Borges enviar e-mail para: renata.mariacristina@gmail.com
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