quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

BUDISMO: A libertação da dor


A visão budista do sofrimento é drasticamente diferente da visão ocidental. A ideia mais aceita pela psicologia e pela psiquiatria modernas é a de que o sofrimento psicológico é causado por fatores específicos, externos e traumáticos, tais como perda, maus tratos, abandono, condições sociais injustas ou desumanas, fracasso, azar, ou por um desequilíbrio bioquímico, como a falta de neurotransmissores. Esse ponto de vista postula que o indivíduo não é responsável pelo seu próprio sofrimento mental. Exceções nos casos em que há uma relação óbvia entre os atos de um indivíduo e o seu consequente sofrimento, como no caso de um fumante que sofre de câncer. A ideia politicamente correta hoje em dia é que as emoções dolorosas, persistentes ou incapacitadoras, como a depressão, a ansiedade e a ira, são sintomas de uma doença mental pela qual o indivíduo não é culpado e, portanto, não é responsável.

Em contraposição, o ponto de vista budista postula que o sofrimento tem suas raízes na mente. O sofrimento se faz sentir e processa-se na mente. A qualidade do sofrimento depende da maneira pela qual o indivíduo reage aos acontecimentos da vida. Essa capacitação de reação, depende de fatores mentais, como, por exemplo, os direitos e expectativas que temos; depende da percepção que temos da natureza da existência e do nosso relacionamento com essa existência; depende, além disso, da disciplina que nos impomos, da paciência, da perseverança e de outras virtudes; ou, ao contrário, dos nossos egoísmos, exigências, reações indiscriminadas, da preguiça e da tendência de culpar o próximo.

Do ponto de vista budista, a causa crítica do sofrimento, da infelicidade e das diversas emoções dolorosas e debilitantes, é a visão que o indivíduo tem de si mesmo e dos fatos da existência. De maneira geral, o indivíduo que está consciente desses fatos e que os aceitou e integrou é capaz de reagir melhor às adversidades do que o indivíduo que os ignora ou reprime. Quanto mais a pessoa ignorar e rejeitar os fatos da vida mais ela sofrerá. Para essa pessoa, os fatos da vida são o conhecimento esotérico que ela não possui e que, em muitos casos, ela busca. Do ponto de vista budista, portanto, a compreensão e a cura do sofrimento exigem, antes de mais nada, a consideração dos fatos básicos da existência.

E para os budistas, a existência tem três qualidades fundamentais que são conhecidas como “as três marcas da existência”. A função delas, é o obstáculo principal à paz interior e à felicidade. Por isso, elas também são chamadas “as três manchas da existência”. Elas são o sofrimento (dukkha), a impermanência ou mudança (anitya) e o vazio ou ausência de eu (anatman).

   

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O sofrimento é um fato da vida porque todos os seres conscientes sofrem; e sofrem porque nascem e estão sujeitos a mudanças, tais como o envelhecimento, a doença e a morte. Esse é um fato empírico, que pode ser refutado caso alguém encontre uma criatura consciente que não sofreu ao nascer, nem durante as mudanças da vida, nem na morte. Na falta de qualquer exemplo desse tipo, temos de aceitar o sofrimento como um fato intrínseco, ainda que inconstante, da vida.

O sofrimento é uma presença que nos assusta e persegue durante a vida inteira. Todos já sofremos no passado, muitos estão sofrendo agora mesmo e todos nós sabemos, no fundo do coração, que vamos sofrer outra vez no futuro. O sofrimento é inevitável, mas não sabemos quando nem como ele há de nos afligir. Temos medo dessa possibilidade e, ainda assim, tentamos instintivamente esquecê-la, evitá-la e escondê-la; e nos sentimos mal com o sofrimento alheio. O sofrimento é uma verdade que escondemos de nós mesmos...

Mas a consciência do sofrimento só pode ser reprimida em parte. Não conseguimos suprimi-la a ponto de ela parar de nos incomodar, porque ela é a essência das nossas preocupações. Ainda assim, nós reprimimos o suficiente para não ser capazes de vê-la claramente. Por isso, muitas vezes não percebemos a quantidade de esforço e imaginação que investimos para reprimi-la nem vemos que ela se impõe, como uma presença monumental, bem no centro da nossa vida.

Para o budismo, a causa básica do sofrimento é a ignorância, avidya (literalmente, “não ver”). O ego é o local exato onde repousa a nossa ignorância. Concebemos o ego como o local onde se encontra o conhecimento, e ele é até visto como a sede das faculdades lógicas; mas o ego em si mesmo é feito de ignorância, uma vez que se constrói sobre uma visão de si e do mundo que nega, reprime ou distorce os fatos da existência, especialmente os fatos do sofrimento e da morte. A negação e a distorção da realidade se consubstanciam nos mecanismos psicológicos de defesa, que se encontram, em diferentes graus,em todos os seres humanos sem exceção alguma.

Todos os mecanismos de defesa são falsificações da realidade. São mentiras que contamos a nós mesmos. A negação, por exemplo, é a rejeição de fatos desagradáveis ou inaceitáveis. A repressão põe esses fatos para fora da consciência. racionalismo dá justificativas plausíveis para intenções ou atos que de outro modo seriam inaceitáveis. A projeção é a atribuição das nossas próprias percepções, desejos e medos a outra pessoa. reação se forma quando se age de maneira oposta ao que se sente. falsificação da realidade também se manifesta no nosso orgulho, na supervalorização da nossa importância e poder, que muitas vezes é confundida com uma boa autoestima. A negação da morte se manifesta em nossas preocupações com o futuro distante, em como vamos “acabar” e em crenças religiosas nascidas do desejo, tais como as crenças na salvação pessoal ou na reencarnação, na imortalidade e no céu.

A negação dos fatos da vida, o fato da morte inclusive, é motivada pelo instinto de sobrevivência que é inerente em todas as formas de vida. Nos seres humanos, o instinto de sobrevivência é sublimado e se transforma nos desejos egoístas de segurança, poder e imortalidade. Queremos viver para sempre, então achamos que isso nos é possível. O instinto de sobrevivência, em todas as suas formas, é frustrado pelos dois outros fatos da vida, particularmente pelo fato da mudança ou impermanência. O fato da mudança cria uma tensão entre a aparente estabilidade do presente e a incerteza do futuro. Essa tensão leva o indivíduo a se esforçar inutilmente, e, portanto, dolorosamente, para resistir à mudança. Ao fim e ao cabo, entretanto, o fato da impermanência frustra de modo trágico todos os projetos de felicidade que o indivíduo faz para o futuro, bem como o seu desejo e a sua luta para sobreviver à morte e transcendê-la.



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Cada uma das três marcas da existência está associada com a sua própria forma de sofrimento. O sofrimento associado ao sofrimento se chama dukkha dukkhata. Reflete o fato de que há duas formas primárias de sofrimento que qualquer um pode observar por si mesmo: o sofrimento intrínseco à vida consciente e o sofrimento causado pelas tentativas de evitá-lo e fugir dele. O sofrimento que causamos com as tentativas de evitar a dor e fugir dela constitui a “dor da dor” (dukkha dukkhata).

Segundo essa interpretação, dukkha dukkhata é a dor que vem das tentativas de evitar a dor. É a luta sem fim para negar, reprimir e evitar o sofrimento. A mente indisciplinada está sempre ruminando os prazeres passados e lamentando e querendo apagar os sofrimentos passados; e está sempre esperando a felicidade futura e morrendo de medo do sofrimento futuro. O medo do sofrimento futuro é a essência das nossas preocupações e a raiz das nossas ansiedades (é o que ensina a música da Legião Urbana no fim da matéria).

Existe muita confusão acerca da diferença entre medo e ansiedade. Muitos dizem que o medo é real e as ansiedades são irreais ou imaginárias. Isso é apenas uma meia verdade que esconde a verdade completa. A diferença é que o medo se volta para o presente. Nós sentimos medo na presença definida. O medo é a reação a um perigo atual. A ansiedade é o medo de um perigo futuro. A mente está sempre examinando o futuro em busca de problemas, e não é difícil encontrá-los em abundância. Existem milhares de maneiras pelas quais as coisas podem dar errado, e somente umas poucas pelas quais podem dar certo. Às vezes, nós temos consciência do perigo futuro do qual temos medo. Pensamos em tomar uma iniciativa, mas ficamos com medo de fracassar ou de sermos rejeitados.

A semelhança entre o medo e a ansiedade está na fisiologia de ambos. O corpo não consegue distinguir entre o medo de um perigo presente e o medo de um perigo futuro. A melhor maneira de entender a diferença entre medo e ansiedade é observar e refletir sobre o medo que temos dos perigos percebidos como imediatos e nossas ansiedades sobre perigos futuros possíveis ou imaginários.

O sofrimento muitas vezes assume a forma sutil de uma tentativa de resistir à mudança. Sabemos, por exemplo, que estamos destinados a envelhecer e morrer. Todos nós sabemos que ninguém fica jovem e belo para sempre. Sabemos com certeza que a nossa saúde vai inevitavelmente ser consumida pelo tempo. Por causa disso, entabulamos uma busca desesperada pela fonte da juventude, pelo elixir da vida, pelo segredo da vida, da beleza e da felicidade eternas. A busca da vida eterna é um esforço para escapar ao sofrimento de envelhecer, adoecer e morrer.

O fato do sofrimento é a primeira nobre verdade porque é um fato básico da vida. É também a primeira porque a consciência e a aceitação da existência do sofrimento são o primeiro passo no caminho espiritual, como foram para o Buda Shakyamuni. Sem sofrimento, a sabedoria não seria nem necessária nem procurada, e, logo, só raramente seria atingida. É por isso que existem tão poucos jovens sábios. Sem sofrimento não há por que buscar a verdade ou a salvação. Na tradição judaico-cristã, o sofrimento é o fogo que purifica. É a experiência necessária para voltar a mente para dentro de si mesma, em direção à compreensão do eu e do seu relacionamento com o mundo.

Por essa razão, os budistas veneram o sofrimento. Ele é visto como o esterco que fertiliza o fruto da sabedoria, assim como o fazendeiro espalha o esterco para fertilizar sua plantação. O esterco cheira mal. É uma coisa feia e mal cheirosa. Mas dá os nutrientes preciosos ao solo onde germina o fruto da sabedoria.







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O fato de que tudo é mutável, impermanente, é um fato doloroso da existência. A impermanência é dolorosa porque queremos que as coisas boas da vida durem bastante. Ansiamos pela estabilidade e pela segurança. Queremos sobreviver, prosperar e continuar. Não queremos perder as pessoas ou as coisas que são importantes para nós. O ego, o sentimento de nós mesmo, depende dos pontos fixos de referência que o localizam em relação aos outros seres, à natureza e à eternidade.

A vida é como um rio, em constante mudança. É um fluxo contínuo de fenômenos – sensações, percepções, sentimentos e pensamentos. O fluxo dos acontecimentos da vida é como a corrente de um rio: às vezes pacíficos e agradáveis, vertiginosamente rápido em alguns lugares, tediosamente lento em outros, mas sempre fluindo.  Ninguém vive o mesmo momento histórico duas vezes. O sol nasce todos os dias, mas cada dia é um novo dia.



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A mudança é um fator constante na vida. As mudanças de vida nunca acabam. Crescer é uma metamorfose e uma descoberta. O ritual religioso da confirmação, a primeira menstruação de uma menina, a maratona de bebida no fim da escola, são todos rituais de iniciação que marcam a transição da infância para a idade adulta. O casamento é uma mudança drástica! A doença é uma mudança da saúde e do vigor para a dor e a fraqueza. O envelhecimento é uma mudança traumática o suficiente para causar crises de meia idade dos 40 anos em diante. A morte é uma mudança mais dramática e assustadora de todas, dolorosa para os moribundos, que têm de abrir mão da vida e de tudo o que lhes é querido, e dolorosa para os que ficam, que perderam um ente querido.

O Buda ensinou que a vida é mudança e que a mudança é cheia de aflição e dor.  A mudança é cheia de aflição e dor porque cada mudança é uma morte e um renascimento. A mudança é o fim de algo velho e conhecido e o começo de algo novo e estranho. A dor da mudança, entretanto, não vem da mudança em sim mesma. Vem da resistência a ela. A mudança é dolorosa porque nós nos agarramos ao que é conhecido mas já era, e relutamos em aceitar o que é novo e desconhecido.

Nós morremos de medo da mudança, e por isso tentamos entrar sempre no mesmo rio, repetir as mesmas experiências, voltar ao mesmo momento no tempo. Freud entendia a repetição compulsiva, que é essência da neurose obsessivo compulsiva, como uma tentativa de dominar a ansiedade. Alguns obsessivos tendem a reviver a mesma situação dolorosa indefinidas vezes na esperança de encontrar uma nova maneira de vencer a dor. A repetição compulsiva também pode ser uma defesa psicológica contra a ansiedade da mudança, da impermanência e da perda. É muito possível que o compulsivo obsessivo, ao repetir indefinidamente os mesmos padrões de pensamentos, fala e comportamento, esteja tentando resistir à mudança.

A mudança não é nem negativa nem positiva; ou, sob outro ponto de vista, ela é tanto negativa quanto positiva. Se cada momento da vida é único, então cada momento é novinho em folha, até mesmo o momento da morte. A vida no fluxo da mudança é a morte e renovação constantes, um contínuo nascer de novo em meio a uma criação tremenda e mágica.



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Do ponto de vista budista, nem a matéria nem o espírito são reais, no sentido de que nenhum deles é uma substância permanente e irredutível. A concepção budista é a de que o mundo físico é vazio de substância verdadeira. Isto não significa que nada exista. As coisas existem, mas não por si mesmas. Existem porque nós projetamos nelas a "coisidade". O samsara consiste num fluxo de aparências, combinações de partículas interdependentes em perpétuo fluir, perpétuo rearranjar-se, perpétua ascensão e decadência. Esse estado de insubstancialidade chama-se “vazio” ou “não eu” (anatman). A negação ou a incapacidade de ver que os fenômenos são vazios de substância verdadeira, e a atribuição de substância e alma aos fenômenos, são a ignorância.

A palavra “vazio” se refere ao fato de que o mundo não é tão “sólido” como parece aos nossos sentidos. Essa ideia é compatível com a ciência moderna. Quando visto pelo prisma da ciência, o mundo material surge como um conjunto de padrões de energia em movimento. Um pedaço de ferro, por exemplo, parece uma massa sólida, mas, na realidade científica, o ferro é um conjunto de prótons, nêutrons e elétrons em movimento homeostático. Até mesmo os prótons, nêutrons e elétrons são formas de energia. Nada é sólido, duradouro ou transcendente. Tudo é aparente, transitório e imanente.

Na visão budista, nada no mundo – nenhum objeto, entidade ou pessoa – contém uma substância essencial que faz dela o que ela é. Tudo é composto de combinações de elementos que, juntos, formam o fenômeno. Quando os elementos se desintegram, quando se decompõem, o objeto composto desaparece.

O mesmo vale para o eu. Segundo a concepção budista, não há eu no eu. Nas suas meditações, o Buda olhou profundamente para dentro de si, buscando pelo âmago do seu ser. Ele não o encontrou. Não conseguiu encontrar nenhum âmago distinto, substancial, permanente. Encontrou somente uma série de componentes que, em relação dinâmica uns com os outros, constituem o fluxo mutável, impermanente e vazio das aparências, sobre as quais é projetada a imagem holográfica do eu.

É um erro conceber o vazio como um vácuo. Essa ideia é um produto da mente comum, que só é capaz de perceber algo em função do oposto desse algo. O vazio não é um estado ontologicamente negativo. Não é um vácuo, uma privação, uma ausência. Ao contrário, o vazio é uma plenitude, um todo, a fonte e o receptáculo fértil do qual todos os fenômenos se levantam, para onde voltam, de onde emergem e onde desaparecem. O vazio, entretanto, é um estado epistemologicamente falso. Refere-se à falsidade da atribuição de substâncias aos fenômenos e à falsidade da atribuição de substância ao eu. O vazio só é a ausência no sentido de que os fenômenos carecem de uma substância essencial. Na medida em que é integral, puro, permanente, e que dele tudo nasce e para ele tudo volta, o vazio é o conceito budista do sagrado e compara-se com o Deus judeu-cristão, que também é integral, puro, eterno e é a origem e o destino de todas as coisas.



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A maioria das pessoas não consegue suportar o pensamento de que um dia vai morrer e desaparecer. A morte se afigura como um nada, e o nada é conhecido como a negação do eu. O eu luta para sobreviver com a desesperada energia da vida, buscando substanciar-se, proteger-se, expandir e perpetuar a si mesmo.

O ego, que mal tem consciência da sua própria inefabilidade, se esforça constantemente para criar um eu sólido a partir do não eu, como se algo pudesse ser criado do nada. A meta principal do ego é criar, conservar e perpetuar o eu para sempre. Para o budismo, a ilusão do eu substancial, o subsequente apego ao eu, e a luta egoísta do eu para substanciar a si mesmo são as maiores causas do sofrimento que nós, seres humanos, infligimos a nós mesmos e ao próximo.

O fato do vazio significa que tudo no mundo esta relacionado com tudo o mais. Cada coisa no universo é um objeto composto de energias e elementos dos quais tudo o mais no universo também é composto. O vazio é a base da interdependência de todas as coisas. Tudo no universo está relacionado com tudo o mais por causa do vazio. Por causa do vazio, o mundo é um.




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 Ouça essa sempre atual canção da Legião Urbana:




QUANDO O SOL BATER NA JANELA DO TEU QUARTO

(Renato Russo/Dado Villa-Lobos/Marcelo Bonfá)



Quando o sol bater

Na janela do teu quarto

Lembra e vê

Que o caminho é um só



Por que esperar

Se podemos começar

Tudo de novo?

Agora mesmo



A humanidade é desumana

Mas ainda temos chance

O sol nasce pra todos

Só não sabe quem não quer



Quando o sol bater

Na janela do teu quarto

Lembra e vê

Que o caminho é um só



Até bem pouco tempo atrás

Poderíamos mudar o mundo

Quem roubou nossa coragem?

Tudo é dor

E toda dor vem do desejo

De não sentirmos dor



Quando o sol bater

Na janela do teu quarto

Lembra e vê

Que o caminho é um só


Matéria extraída do site:

https://www.comprazen.com.br/blog/1/217/a-libertacao-da-dor-segundo-budismo-quatro-nobres-verdades-iluminacao-nirvana-nosso-blog

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