por Luiza Fletcher
É tão bom, que até parece mentira: rezam os vários estudos e
as comprovações obtidas por meio de exames de neuroimagem que, ao longo do
tempo, a meditação traz significativos benefícios para o corpo e para a mente:
reforça a imunidade física, melhora a resistência à dor, favorece a
concentração e a capacidade de aprendizagem, além de ser uma importante aliada
no combate à ansiedade e à depressão.
Recentemente, foi descoberto que a prática age diretamente
sobre as células, fazendo com que permaneçam jovens por mais tempo. Só isso já
é bom o suficiente, mas tem mais: algumas técnicas são especialmente eficientes
para nos tornar menos estressados e sujeitos aos estímulos externos
indesejáveis que com frequência afetam o equilíbrio psíquico. Além disso, a
meditação transforma tanto a anatomia quanto a dinâmica do cérebro, ajudando a
desenvolver qualidades como empatia, compaixão e bondade – ainda que sem
nenhuma conotação religiosa, apenas com intuito de desfrutar bem-estar interior
(até porque, cá entre nós, seria uma dádiva não sofrer tanto com emoções como
raiva, ciúme, inveja, apego etc., independentemente das situações em que nos
encontrássemos…).
Enfim, dito assim, a meditação parece ser uma dessas
maravilhas que, de tão boas, causam algum estranhamento. Ora, se a prática
milenar não tem contraindicação e faz tanto bem, por que um número muito maior
de pessoas não tira proveito dela? Afinal, não custa nada, não requer
aprendizado intensivo nem grandes habilidades específicas…
Mistério? Não. A
resposta é bem simples até. Não importa o grau de sofisticação de uma técnica
ou ferramenta, para que funcione é preciso que seja usada. Sabe a história do bolo
de chocolate? De nada adianta ter os ingredientes, a receita e saber o
procedimento se não colocamos mãos à obra e o preparamos.
Meditar é assim: simples, barato, transformador e não
depende de ninguém além da própria pessoa. Porém, é preciso treino e regularidade.
E ao contrário do que pode parecer à primeira vista, aquietar-se por 15 ou 20
minutos e prestar atenção na própria respiração não é exatamente fácil.
Primeiro, é necessário ter a intenção honesta de fazer algo positivo por si
mesmo e empenhar-se para isso com disciplina, investindo energia psíquica nesse
propósito diariamente. E fazer isso, mesmo sabendo de antemão que,
principalmente no início, os pensamentos vão voar. O exercício, aliás, é
justamente esse, trazer a mente de volta, centrar-se de novo na respiração, e
de novo e de novo, sem julgamentos.
A possibilidade de, ao reabrir os olhos,
enxergar o mundo de forma diferente (como se a paz interna transbordasse ao
redor) é imensa. Mas não é magia. Cuidar de si mesmo é trabalhoso, requer determinação,
paciência e tempo (ainda que sejam só poucos minutos por dia).
Retirado do site:
https://osegredo.com.br/2015/09/o-que-quase-ninguem-diz-sobre-meditacao/
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