Oi gente!
Milhões de desculpas, mas ontem não tive tempo para postar, ok?
Então dando continuidade na publicação da Revista Superinteressante MEDITAÇÃO, hoje iremos ver como as pesquisas comprovam a eficácia da meditação para nossa saúde.
Se você ainda tem alguma dúvida, ai vai a comprovação da ciência!!!
Beijos no coração.
Namastê
A redução do stress talvez seja o benefício mais perceptível
da meditação.
Não à toa, o médico americano Jon Kabat-Zinn, um dos responsáveis
por popularizar a prática no Ocidente (leia mais nas páginas 48 e 49), criou um
programa de mindfulness especialmente voltado para enfrentar o stress, éhamado de Redução do
Stress Baseada em Mindfulness (ou MBSR na sigla em inglês), que consiste em
oito semanas de prática.
Desde sua criação, já foram feitos mais de 370 estudos
sobre sua eficácia. Um dos mais abrangentes analisou o impacto do programa em
93 indivíduos diagnosticados com transtorno de ansiedade, um problema que
atinge um terço da população mundial segundo a OMS. Cientistas do Hospital Geral
de Massaéhusetts, nos EUA, descobriram que a técnica reduziu drasticamente os
índices de stress e a sensação de desespero frente a problemas.
Um das razões do bom resultado pode estar no poder da
meditação em reduzir os
níveis do cortisol, o hormônio do stress. Uma pesquisa feita
pelo Hospital Israelita Albert Einstein, a Unífesp e o Instituto Mind revelou
que lhlSmin de ioga e meditação três vezes por semana, ao longo de dois meses,
reduziu pela metade os níveis de cortisol de uma turma em que a ansiedade atingia níveis alarmantes, os cuidadores de
doentes com Alzheimer.
Viver mais tranquilo é ótimo. Mas diminuir o stress tem
outro papel importante no
organismo: controlar problemas cardiovasculares, diabetes,
obesidade, depressão e Alzheimer, doenças crônicas que estão no topo das causas
de morte no mundo O cortisol funciona como um alarme. Em situações de risco,
ele informa ao organismo que é hora de se preparar para uma emergência. As
células dão prioridade para o gasto imediato de energia, que vai nos ajudar a,
por exemplo, sair correndo diante de uma situação de vida ou morte. Mas esse
sistema foi aperfeiçoado milênios atrás, quando os problemas humanos estavam ligados
à natureza selvagem - animais ferozes e fome.
Os nossos ancestrais que sobreviveram
tinham altos níveis de cortisol e adrenalina no sangue porque as ameaças estavam
presentes o tempo todo. Graças a esses hormônios, os músculos ficavam bem abastecidos
para que nossos antepassados pudessem partir em disparada na hora certa. A emergência era a prioridade.
Com cortisol
no sangue, o corpo distribui menos energia para a manutenção celular ou para o
sistema imunológico, que deixa de combater uma infecção boba. Essas duas
atividades não matam ninguém num único dia - como o leão. Mas podem ser fatais
no médio e longo prazo.
Essa herança genética continua firme e forte dentro de nós.
As ameaças atuais, no entanto, são outras - muito menos imediatas. Elas surgem
como um chefe mal- humorado que inferniza você ou uma conta -corrente beirando o
vermelho. A exposição ao chefe insuportável pode durar semanas, meses ou anos -
diferentemente do leão feroz.
Suas células ficam o tempo todo preparadas para
uma reação física, como lutar ou correr. Ameaças como vírus, bactérias e células defeituosas são deixadas de lado. Assim,
os estressados ficam expostos a problemas que seriam facilmente combatidos pelo
organismo se não fossem as altas doses de cortisol repetidamente lançadas no
sangue.
Com o tempo, essas adversidades se transformam em doenças.
É por isso que o stress está na raiz de tantos males. Por isso, combater a
estafa turbina a sua imunidade.
A meditação é uma excelente arma nessa batalha. Ao respirar
fundo e focar no presente, você percebe a real dimensão das ameaças modernas e
aprende a acalmar o organismo.Cerca de 30 minutos por dia de meditação, durante
dois meses, já fazem efeito contra o stress de acordo com um estudo liderado
por uma das investigadoras de meditação mais célebres do momento, a
neurocientista Sara Lazar, da Universidade Harvard. A equipe de Sara avaliou 16
indivíduos que fizeram o programa de oito semanas de MBSR, criado por Jon
Kabat-Zinn. Depois do período, todos foram submetidos a exames de ressonância
magnética, onde foi constatado um aumento significado da densidade de áreas
cerebrais associadas à memória, ao controle do stress e à compaixão. Você só precisa
de 60 dias para reprogramar sua imunidade.
Um experimento feito na também americana universidade Carnegie Mellon
mostrou que meditar reduz processos
inflamatórios, que também causam doenças.
Para descobrir os impactos da técnica, os
cientistas recrutaram 3S desempregados - uma turma que também tem
stress elevado -, e
os submeteram a exames de sangue e neurológicos. Em seguida, dividiram os voluntários em dois grupos.
Metade foi para
um retiro de três dias onde aprendeu a praticar o mindfulness, enquanto a outra foi instruída a relaxar com orientação, mas sem o foco na respiração e no presente, parte central da técnica
de meditação. O cérebro dos voluntários era examinado por cinco minutos antes e
depois de cada sessão. Foram colhidas também amostras de sangue ao final do
estudo, e a bateria foi repetida após quatro meses.
Na hora da análise, a surpresa: apenas a turma da meditação
teve mudanças claras no cérebro. Havia maior comunicação entre as diferentes
áreas cerebrais associadas ao foco e à calma, como o córtex pré-frontal
dorsolateral.
O melhor de tudo é que os resultados do retiro de meditação
continuaram semanas depois.
Os exames de sangue mostraram que a meditação reduziu os índices
de interleucina-6, um biomarcador ligado a inflamações, que está na origem de
problemas como o infarto e o câncer
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