sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

5º Parte: Amor x Egoísmo continuação...




E ai gente, estão gostando de aprender um pouco mais sobre o AMOR? rs...é importantíssimo olharmos para essas nossas "amarras" pq. enquanto a gente não resolver isso internamente, iremos ficar repetindo processos e situações!!!

Bom, vamos lá então.

Beijos no coração,

Namastê

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continuação:


E como aprende o espírito a tomar consciência do seu próprio egoísmo, neste caso manifestado sob a forma de vaidade, e a vencê-lo?

Geralmente, sofrendo na própria carne as atitudes egoístas de outros, semelhantes a ele próprio em egoísmo. A lei da justiça espiritual confronta cada um com os seus próprios atos, ainda que seja através dos atos dos outros, para que daí o espírito tire o maior proveito para a sua evolução. O sofrimento próprio sensibiliza o espírito, faz-lhe adquirir maior sensibilidade para perceber o sofrimento dos outros, sobretudo o daqueles que tenham passado por circunstâncias semelhantes às suas. Faz-lhes despertar um sentimento de solidariedade em relação a elas, que é o gérmen do amor.


E terá sempre de acontecer que o espírito tenha de experimentar na sua própria carne o sofrimento dos seus próprios atos para aprender que esses atos são perniciosos para os demais?

Não. Pode fazê-lo por compreensão, porque se tenha dado conta do dano que produzem nos outros as suas próprias maneiras de agir, ou porque aprendeu com os erros e experiências dos outros. Mas, para isso tem de ter crescido o suficiente em sensibilidade, em amor, porque, como digo, apenas quando há amor, se está receptivo a perceber os outros, incluindo o seu sofrimento, como a si próprio. Daí que, nas primeiras etapas, o espírito avance mais por sofrimento, por experimentação em si mesmo das atitudes egoístas que ele mesmo provocou, enquanto, quando já tenha desenvolvido o amor, avança mais por compreensão, compreensão das experiências próprias passadas ou das experiências dos outros.


E que se pode fazer para vencer a vaidade pela compreensão?

O primeiro passo é tomar consciência do defeito e o segundo passo é mudar a atitude. Pelo facto de adquirir consciência do nosso defeito, não vamos conseguir que ele deixe de se manifestar. Se formos capazes de o reconhecer e de o admitir, mas ao mesmo tempo evitarmos atuar conforme ele quer, quer dizer, não nos deixarmos arrastar por ele na hora de tomar decisões na nossa vida, antes formos atuando mais conforme nos ditam os sentimentos, o defeito irá perdendo força até que, finalmente, será vencido. A tomada de consciência passa por conhecer em profundidade em que consiste a vaidade, como se manifesta numa pessoa e o que é que a alimenta. A vaidade alimenta-se da crença de que para se ser feliz, o importante é ser o centro das atenções, que a admirem, a lisonjeiem, se lhe sujeitem e a cubram de prazeres, prendas e atenções. A vaidade manifesta-se como uma tendência para transformar a realidade, fazendo crer aos outros e a si mesmo que necessita de possuir tudo o que vê à sua volta, tanto coisas como pessoas, para se ser feliz. A vaidade é como um aspirador que apanha tudo o que encontra no caminho, guardando-o para si próprio, mas sem chegar a apreciar nada do que se tem. É como a criança que faz birra e protesta para que os seus pais lhe comprem um brinquedo, aparentemente o mais maravilhoso do mundo e sem o qual não vai poder ser feliz. E quando o consegue, apenas brinca com ele uns minutos, logo se cansa e abandona-o.
Portanto, enquanto o vaidoso continuar propenso a querer chamar a atenção para satisfazer os seus próprios caprichos, não trabalhando por despertar em si mesmo os sentimentos, sentir-se-á sempre insatisfeito, vazio, infeliz, ainda que possa ser estimado pelos outros, porque não o saberá reconhecer, nem o saberá apreciar. Aquilo que não se consegue por esforço próprio, pela própria vontade, nem se consegue compreender, nem se sabe apreciar, nem se sabe aproveitar e, o vaidoso, não só não luta por nada, como pretende que sejam os outros a obtê-lo para si. Quando tem objetivos, costumam ser sempre objetivos exteriores, materialistas, de aparência, quase nunca objetivos de índole espiritual.
O vaidoso parece-se com aqueles que se aquecem sempre na lareira dos vizinhos por não quererem dar-se ao trabalho de acender a sua própria fogueira. Será sempre dependente dos outros e não poderá fazer nada por si mesmo. Acende o teu próprio fogo em ti mesmo e não dependerás de ninguém para te aqueceres. Esse fogo, a nível espiritual, é a chama do amor, que reconforta e aquece o espírito, dá forças para avançar e ser autenticamente feliz.


Mas há muita gente que procura o sucesso como forma de alcançar a felicidade. Que lhes dirias?

Que se enganam a si mesmos. O sucesso é uma festa para a vaidade, mas é uma armadilha para o sentimento. A única maneira de conseguir a felicidade é encher-se de amor.


Poderias dar um conselho breve que resuma tudo o que disseste para vencer a vaidade através da compreensão?

Sim. O passo que deve dar o vaidoso para superar o seu defeito é compreender que a felicidade não depende do exterior, mas sim do interior. Esta é a grande lição que todos temos de aprender: a verdadeira felicidade não depende de que os outros te amem, mas antes, de que tu ames. Portanto, se queres ser feliz, para de procurar desesperadamente que os demais te amem e tenta despertar o teu próprio sentimento.


Que dirias a um vaidoso que o pudesse ajudar na sua evolução?

Que jamais conseguirás ser feliz através de conquistares a admiração, o carinho, o sucesso, o reconhecimento dos outros. Se estás insatisfeito com a tua vida, se te sentes só e vazio, não procures fora os culpados da tua infelicidade, porque não estão fora, mas sim dentro de ti. Não procures aquecer-te no fogueira dos outros porque nunca terás o bastante. Acende a tua própria chama para que assim o teu estado não dependa do que façam ou deixem de fazer os outros por ti. Deixa de lado o egoísmo e ama, porque a única maneira de encher o vazio interior é amar incondicionalmente.


Parece uma contradição o que dizes agora com o que disseste anteriormente. Se uma pessoa renuncia a que o amem, como vai poder amar?

Talvez me tenha explicado mal. Não temos de renunciar a ser amados. O que quero dizer é que procuramos de forma incorreta a felicidade. Pomos todo o peso num prato da balança e exigimos que a balança esteja equilibrada.


Não sei o que queres dizer exatamente. Tens algum exemplo que me possa servir para entender?

Sim. Imaginai que reunimos toda a humanidade numa praça gigantesca para repartir todo o amor que existe no mundo. Primeiro perguntamos: “Quem quer receber amor?”. Veremos que cem por cento das pessoas levanta a mão insistentemente dizendo: “Eu, eu. A mim primeiro. Sou eu quem mais precisa dele”. Mas se agora perguntamos: “Quem está disposto a dar o seu amor?” Veremos como, rapidamente, a praça fica vazia e apenas uns poucos dos que lá estavam ficaram para levantar a mão. O que é que haverá para repartir? Apenas o amor que dão uns poucos. Pois, isso é o que acontece na vossa humanidade em que apenas o amor de uns poucos sustém o mundo, porque a maioria apenas está disposta a receber, mas não para receber amor, principalmente para satisfazer o seu egoísmo.
Esperamos, como sujeitos passivos, que o amor venha de fora. Que, por artes de magia, esse amor do exterior nos alcance e nos faça felizes, sem que nós tenhamos que fazer nada, como se de uma droga se tratasse. Mas, como digo, ainda que recebendo tudo o que precisamos, se permanecermos passivos, se não lutarmos para vencer o nosso egoísmo, chegará esse ser que nos ama para nos dar tudo o que traz dentro e diremos: “Não é suficiente, ainda não sou feliz. Ainda necessito que me dês mais”. E exigiremos mais e mais porque nunca será suficiente para encher o nosso vazio interior. E nunca apreciaremos o que nos foi dado, mas apenas levaremos em conta aquilo que ainda não recebemos. Qualquer pequeno obstáculo da vida, será um motivo de queixa. Se amanhece nublado, queixamo-nos porque faz frio, se amanhece ensolarado queixamo-nos porque está calor. E tudo isso porque procuramos de forma errada. Esse vazio que uma pessoa sente, apenas se pode encher com o amor que, cada um mesmo, é capaz de gerar, de forma ativa, para si próprio e para os outros. Portanto, para ser feliz é tão necessário dar amor, como recebê-lo.


Voltemos ao tema da vaidade. Digo eu que nem todo o mundo que se encontra na etapa da vaidade terá as mesmas características.

Não. Dentro da vaidade existem diferentes graus. Numa primeira etapa de vaidade inicial dão-se as manifestações mais primitivas e materiais do egoísmo, como a avareza (não querer repartir com os outros o que se tem), a cobiça (querer possuir cada vez mais, mesmo prejudicando outros), a inveja (revolta contra os que têm algo material que se cobiça). Numa segunda etapa, quando o espírito avança no conhecimento dos sentimentos, este egoísmo materialista começa a transformar-se em egoísmo espiritual. Nesta etapa o espírito continua agarrado ao egoísmo, mas, ao mesmo tempo, já começou a desenvolver o sentimento. Apesar de ainda ser avesso a dar, é capaz de reconhecer a presença do amor e o bem-estar que proporciona e procura recebê-lo. É então quando a avareza se vai transformando em apego (não querer repartir com os outros o carinho e o amor que se recebe de determinadas pessoas) e a cobiça, na absorvência (querer que todo o mundo se disponha a dar-lhe carinho), enquanto a inveja toma um cariz mais subtil e se transforma em aversão pelos que têm alguma virtude espiritual que ele não tem, mas gostaria de ter. Ao serem mais sensíveis, têm uma noção da justiça mais desenvolvida, mas quando o assunto lhes diga respeito, com frequência atuam injustamente favorecendo-se a si próprios propositadamente, por continuarem agarrados ao seu egoísmo, sendo mais culpados por serem mais conscientes.


Que avanço fundamental conseguiu o espírito para se poder dizer dele que superou a etapa da vaidade?

A principal aquisição que marca a fronteira entre a vaidade e o orgulho é o despertar do próprio amor espiritual. Enquanto o vaidoso é eminentemente um espírito receptor de amor, o orgulhoso já é um espírito dador de amor. Significa que já adquiriu a capacidade de amar verdadeiramente por iniciativa própria de forma bastante segura.


Ver Mais:

3ª Parte - https://vivisawaking.blogspot.com/2018/11/3-parte-perguntas-e-respostas-sobre-o.html
4ª Parte - https://vivisawaking.blogspot.com/2018/11/4-parte-p-amor-x-egoismo.html

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