E ai gente, estão gostando de aprender um pouco mais sobre o AMOR? rs...é importantíssimo olharmos para essas nossas "amarras" pq. enquanto a gente não resolver isso internamente, iremos ficar repetindo processos e situações!!!
Bom, vamos lá então.
Beijos no coração,
Namastê
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continuação:
E como aprende o
espírito a tomar consciência do seu próprio egoísmo, neste caso manifestado sob
a forma de vaidade, e a vencê-lo?
Geralmente, sofrendo na própria carne as atitudes egoístas
de outros, semelhantes a ele próprio em egoísmo. A lei da justiça espiritual
confronta cada um com os seus próprios atos, ainda que seja através dos atos
dos outros, para que daí o espírito tire o maior proveito para a sua evolução.
O sofrimento próprio sensibiliza o espírito, faz-lhe adquirir maior
sensibilidade para perceber o sofrimento dos outros, sobretudo o daqueles que
tenham passado por circunstâncias semelhantes às suas. Faz-lhes despertar um
sentimento de solidariedade em relação a elas, que é o gérmen do amor.
E terá sempre de
acontecer que o espírito tenha de experimentar na sua própria carne o
sofrimento dos seus próprios atos para aprender que esses atos são perniciosos
para os demais?
Não. Pode fazê-lo por compreensão, porque se tenha dado
conta do dano que produzem nos outros as suas próprias maneiras de agir, ou
porque aprendeu com os erros e experiências dos outros. Mas, para isso tem de
ter crescido o suficiente em sensibilidade, em amor, porque, como digo, apenas
quando há amor, se está receptivo a perceber os outros, incluindo o seu
sofrimento, como a si próprio. Daí que, nas primeiras etapas, o espírito avance
mais por sofrimento, por experimentação em si mesmo das atitudes egoístas que
ele mesmo provocou, enquanto, quando já tenha desenvolvido o amor, avança mais
por compreensão, compreensão das experiências próprias passadas ou das
experiências dos outros.
E que se pode fazer
para vencer a vaidade pela compreensão?
O primeiro passo é tomar consciência do defeito e o segundo
passo é mudar a atitude. Pelo facto de adquirir consciência do nosso defeito, não
vamos conseguir que ele deixe de se manifestar. Se formos capazes de o
reconhecer e de o admitir, mas ao mesmo tempo evitarmos atuar conforme ele
quer, quer dizer, não nos deixarmos arrastar por ele na hora de tomar decisões
na nossa vida, antes formos atuando mais conforme nos ditam os sentimentos, o
defeito irá perdendo força até que, finalmente, será vencido. A tomada de
consciência passa por conhecer em profundidade em que consiste a vaidade, como
se manifesta numa pessoa e o que é que a alimenta. A vaidade alimenta-se da
crença de que para se ser feliz, o importante é ser o centro das atenções, que
a admirem, a lisonjeiem, se lhe sujeitem e a cubram de prazeres, prendas e
atenções. A vaidade manifesta-se como uma tendência para transformar a
realidade, fazendo crer aos outros e a si mesmo que necessita de possuir tudo o
que vê à sua volta, tanto coisas como pessoas, para se ser feliz. A vaidade é
como um aspirador que apanha tudo o que encontra no caminho, guardando-o para
si próprio, mas sem chegar a apreciar nada do que se tem. É como a criança que
faz birra e protesta para que os seus pais lhe comprem um brinquedo, aparentemente
o mais maravilhoso do mundo e sem o qual não vai poder ser feliz. E quando o
consegue, apenas brinca com ele uns minutos, logo se cansa e abandona-o.
Portanto, enquanto o vaidoso continuar propenso a querer
chamar a atenção para satisfazer os seus próprios caprichos, não trabalhando
por despertar em si mesmo os sentimentos, sentir-se-á sempre insatisfeito,
vazio, infeliz, ainda que possa ser estimado pelos outros, porque não o saberá
reconhecer, nem o saberá apreciar. Aquilo que não se consegue por esforço
próprio, pela própria vontade, nem se consegue compreender, nem se sabe
apreciar, nem se sabe aproveitar e, o vaidoso, não só não luta por nada, como
pretende que sejam os outros a obtê-lo para si. Quando tem objetivos, costumam
ser sempre objetivos exteriores, materialistas, de aparência, quase nunca objetivos
de índole espiritual.
O vaidoso parece-se com aqueles que se aquecem sempre na
lareira dos vizinhos por não quererem dar-se ao trabalho de acender a sua
própria fogueira. Será sempre dependente dos outros e não poderá fazer nada por
si mesmo. Acende o teu próprio fogo em ti mesmo e não dependerás de ninguém
para te aqueceres. Esse fogo, a nível espiritual, é a chama do amor, que
reconforta e aquece o espírito, dá forças para avançar e ser autenticamente
feliz.
Mas há muita gente
que procura o sucesso como forma de alcançar a felicidade. Que lhes dirias?
Que se enganam a si mesmos. O sucesso é uma festa para a
vaidade, mas é uma armadilha para o sentimento. A única maneira de conseguir a
felicidade é encher-se de amor.
Poderias dar um
conselho breve que resuma tudo o que disseste para vencer a vaidade através da
compreensão?
Sim. O passo que deve dar o vaidoso para superar o seu
defeito é compreender que a felicidade não depende do exterior, mas sim do
interior. Esta é a grande lição que todos temos de aprender: a verdadeira
felicidade não depende de que os outros te amem, mas antes, de que tu ames.
Portanto, se queres ser feliz, para de procurar desesperadamente que os demais
te amem e tenta despertar o teu próprio sentimento.
Que dirias a um
vaidoso que o pudesse ajudar na sua evolução?
Que jamais conseguirás ser feliz através de conquistares a
admiração, o carinho, o sucesso, o reconhecimento dos outros. Se estás
insatisfeito com a tua vida, se te sentes só e vazio, não procures fora os
culpados da tua infelicidade, porque não estão fora, mas sim dentro de ti. Não
procures aquecer-te no fogueira dos outros porque nunca terás o bastante.
Acende a tua própria chama para que assim o teu estado não dependa do que façam
ou deixem de fazer os outros por ti. Deixa de lado o egoísmo e ama, porque a
única maneira de encher o vazio interior é amar incondicionalmente.
Parece uma
contradição o que dizes agora com o que disseste anteriormente. Se uma pessoa
renuncia a que o amem, como vai poder amar?
Talvez me tenha explicado mal. Não temos de renunciar a ser
amados. O que quero dizer é que procuramos de forma incorreta a felicidade.
Pomos todo o peso num prato da balança e exigimos que a balança esteja
equilibrada.
Não sei o que queres
dizer exatamente. Tens algum exemplo que me possa servir para entender?
Sim. Imaginai que reunimos toda a humanidade numa praça
gigantesca para repartir todo o amor que existe no mundo. Primeiro perguntamos:
“Quem quer receber amor?”. Veremos que cem por cento das pessoas levanta a mão
insistentemente dizendo: “Eu, eu. A mim primeiro. Sou eu quem mais precisa
dele”. Mas se agora perguntamos: “Quem está disposto a dar o seu amor?” Veremos
como, rapidamente, a praça fica vazia e apenas uns poucos dos que lá estavam
ficaram para levantar a mão. O que é que haverá para repartir? Apenas o amor
que dão uns poucos. Pois, isso é o que acontece na vossa humanidade em que
apenas o amor de uns poucos sustém o mundo, porque a maioria apenas está
disposta a receber, mas não para receber amor, principalmente para satisfazer o
seu egoísmo.
Esperamos, como sujeitos passivos, que o amor venha de fora.
Que, por artes de magia, esse amor do exterior nos alcance e nos faça felizes,
sem que nós tenhamos que fazer nada, como se de uma droga se tratasse. Mas,
como digo, ainda que recebendo tudo o que precisamos, se permanecermos
passivos, se não lutarmos para vencer o nosso egoísmo, chegará esse ser que nos
ama para nos dar tudo o que traz dentro e diremos: “Não é suficiente, ainda não
sou feliz. Ainda necessito que me dês mais”. E exigiremos mais e mais porque
nunca será suficiente para encher o nosso vazio interior. E nunca apreciaremos
o que nos foi dado, mas apenas levaremos em conta aquilo que ainda não
recebemos. Qualquer pequeno obstáculo da vida, será um motivo de queixa. Se
amanhece nublado, queixamo-nos porque faz frio, se amanhece ensolarado
queixamo-nos porque está calor. E tudo isso porque procuramos de forma errada.
Esse vazio que uma pessoa sente, apenas se pode encher com o amor que, cada um
mesmo, é capaz de gerar, de forma ativa, para si próprio e para os outros.
Portanto, para ser feliz é tão necessário dar amor, como recebê-lo.
Voltemos ao tema da
vaidade. Digo eu que nem todo o mundo que se encontra na etapa da vaidade terá
as mesmas características.
Não. Dentro da vaidade existem diferentes graus. Numa
primeira etapa de vaidade inicial dão-se as manifestações mais primitivas e
materiais do egoísmo, como a avareza (não querer repartir com os outros o que
se tem), a cobiça (querer possuir cada vez mais, mesmo prejudicando outros), a
inveja (revolta contra os que têm algo material que se cobiça). Numa segunda
etapa, quando o espírito avança no conhecimento dos sentimentos, este egoísmo
materialista começa a transformar-se em egoísmo espiritual. Nesta etapa o
espírito continua agarrado ao egoísmo, mas, ao mesmo tempo, já começou a
desenvolver o sentimento. Apesar de ainda ser avesso a dar, é capaz de
reconhecer a presença do amor e o bem-estar que proporciona e procura
recebê-lo. É então quando a avareza se vai transformando em apego (não querer
repartir com os outros o carinho e o amor que se recebe de determinadas
pessoas) e a cobiça, na absorvência (querer que todo o mundo se disponha a
dar-lhe carinho), enquanto a inveja toma um cariz mais subtil e se transforma
em aversão pelos que têm alguma virtude espiritual que ele não tem, mas
gostaria de ter. Ao serem mais sensíveis, têm uma noção da justiça mais
desenvolvida, mas quando o assunto lhes diga respeito, com frequência atuam
injustamente favorecendo-se a si próprios propositadamente, por continuarem
agarrados ao seu egoísmo, sendo mais culpados por serem mais conscientes.
Que avanço
fundamental conseguiu o espírito para se poder dizer dele que superou a etapa
da vaidade?
A principal aquisição que marca a fronteira entre a vaidade
e o orgulho é o despertar do próprio amor espiritual. Enquanto o vaidoso é
eminentemente um espírito receptor de amor, o orgulhoso já é um espírito dador
de amor. Significa que já adquiriu a capacidade de amar verdadeiramente por
iniciativa própria de forma bastante segura.
Ver Mais:
3ª Parte -
https://vivisawaking.blogspot.com/2018/11/3-parte-perguntas-e-respostas-sobre-o.html
4ª Parte -
https://vivisawaking.blogspot.com/2018/11/4-parte-p-amor-x-egoismo.html